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Esta ave quer dominar a América do Sul e já se espalhou pelo litoral de SP

Tapicuru Imagem: Sylvain CORDIER/Gamma-Rapho via Getty Images

Colaboração para VivaBem

19/08/2024 13h23

O Tapicuru (Phimosus infuscatus) se disseminou por toda a Baixada Santista (SP), tornando-se uma presença comum nas cidades da região litorânea. Com seu bico longo, fino e curvado, de cor amarelo alaranjado, contrastando com o corpo negro, o Tapicuru é uma ave de porte grande, facilmente distinguível.

Segundo observadores de aves, o alastramento do Tapicuru pela região começou a se dar após a pandemia de covid-19. Biólogos acreditam que a ausência humana durante esse período pode ter facilitado a expansão da ave.

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Leonardo Casadei, autor do guia de campo "Aves da costa da Mata Atlântica", e Bruno Lima, biólogo e ornitólogo, também notaram o aumento da população de Tapicurus durante a pandemia, conforme relatou o Diário do Litoral. Eles são frequentemente vistos em jardins, gramados e campos de futebol, especialmente em áreas abertas e desmatadas.

Miguel Malta Magro, biólogo e guia de observação de aves, sugere que o Tapicuru encontrou um nicho ecológico que outras aves da mesma família não ocupam. Isso, combinado com a ausência de competidores e a abundância de alimento, permitiu que a espécie se reproduzisse rapidamente.

Não entre em contato

  • O Tapicuru está classificado como pouco preocupante na Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais). Além do Brasil, ele pode ser encontrado na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Suriname, Uruguai e Venezuela.
  • Apesar de estar por toda a parte, humanos não devem entrar em contato com essa e nenhuma ave silvestre. Manipular animais doentes, ou mortos, especialmente vindos de outras regiões, pode trazer a gripe aviária para humanos.
  • A gripe aviária é uma zoonose, ou seja, é transmitida de animal para pessoa. Não há transmissão de pessoa para pessoa, como ocorre na gripe comum.
  • É comum que humanos tenham contato com aves que encalham, animais com debilidade e dificuldade para voar. No Brasil não há dados oficiais, mas sabe-se que dezenas de milhares de aves encalham por ano.
  • Esses animais são resgatados e até levados para casa por pessoas desinformadas.
  • Ao avistar aves doentes e/ou encalhadas, é necessário acionar o serviço veterinário local ou realizar a notificação por meio do sistema e-Sisbravet, informa o Mapa (Ministro da Agricultura e Pecuária).

Não se deve tocar e nem recolher aves doentes. A doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos.Comunicado do Mapa

*Com informações de coluna do UOL publicada em 23/05/2023

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