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Estado de SP terá risco máximo para incêndios nos próximos dias; veja mapas

Projeção indica risco de incêndio no estado de São Paulo. Na linha de cima, previsão entre os dias 28 e 30 de agosto. Na linha de baixo, imagens entre os dias 31 de agosto e 02 de setembro Imagem: Reprodução/Defesa Civil/Climatempo

Giovanna Arruda

Colaboração para o UOL

28/08/2024 13h29

Após a melhora nos focos de incêndio que devastaram parte do estado de São Paulo, a região pode voltar a sofrer com queimadas nos próximos dias. Segundo a Defesa Civil, o risco de emergência tomará quase todo o estado no próximo domingo (1).

Previsão indica alerta máximo

Projeção da Defesa Civil indica progressão do risco de incêndio. A partir dessa quarta-feira (28), o risco de queimadas deve aumentar gradativamente em São Paulo e atingir o pico no próximo domingo (1), quando praticamente todo o estado estará na zona de emergência.

Escala de cores indica tamanho do risco. Na imagem acima, o amarelo representa risco baixo para incêndio; o laranja, alto; o vermelho, alerta; e o roxo, emergência.

Próximo domingo (01) deve ter pior risco de incêndio no estado, quase todo tomado pela cor roxa na projeção Imagem: Reprodução/Defesa Civil/Climatempo

Norte do Estado deve ser a região mais atingida. Cidades como Barretos e Ribeirão Preto já estão dentro da zona de emergência, segundo a projeção. Com o avanço da zona mais extrema, a emergência atinge Franca, Araçatuba e Presidente Prudente. Nesses municípios, o alerta máximo deve permanecer até a próxima segunda-feira (2).

Baixada Santista terá menor risco. De acordo com a previsão, o litoral do estado não deve ser enquadrado no risco de emergência. No entanto, no domingo o risco de incêndio na região é considerado alto.

Condições climáticas influenciam no risco indicado. Determinante para a diminuição dos focos de incêndio no último final de semana, a chuva não deve voltar para a região nos próximos dias. Fatores como a umidade do ar e temperatura também influenciam no início e na propagação de queimadas. Na capital, os termômetros devem indicar elevação gradual na temperatura ao longo da semana, chegando aos 30ºC no domingo, de acordo com a Climatempo.

Fumaça pode voltar a tomar o céu de São Paulo. Segundo previsão da Climatempo, é possível que a fuligem das queimadas volte a escurecer o céu de cidades paulistas, prejudicando a visibilidade e a qualidade do ar na região, de acordo com a atuação dos ventos.

Recordes em São Paulo e no Brasil

Programa Queimadas registrou 53.976 focos de incêndio no Brasil até a última terça-feira (27). De acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o número de focos de queimadas no país em agosto de 2024 já é o maior para o mês desde 2010.

Ainda segundo o Inpe, o estado de São Paulo tem o maior índice de queimadas em agosto desde o início da série histórica, em 1998. Foram registrados 3.496 focos de incêndio para o mês neste ano, superando o recorde de 2010 (2.444).

O que aconteceu

Incêndios vêm assolando diferentes regiões do Brasil desde a última semana. Além de São Paulo, milhares de focos de calor foram registrados na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal. Somente na última sexta-feira (23), 4.928 focos foram verificados em todo o país.

Ventos espalharam fogo e fumaça. Com a chegada de uma frente fria ao estado de São Paulo no último sábado (24), o vento forte espalhou incêndios, gerou tempestades de poeira e carregou a fumaça para mais cidades. O céu encoberto pela fuligem foi registrado em diversos municípios brasileiros.

Densa fumaça cobre Ribeirão Preto, no interior de São Paulo Imagem: JOEL SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO

Parte das queimadas foi causada de forma intencional. A Polícia Federal abriu dezenas de investigações para apurar as causas de incêndios e prendeu suspeitos de terem iniciado queimadas propositalmente em São Paulo e em Goiás.

Prejuízos na produção agrícola devem ser sentidos no preço final de produtos. Os incêndios em plantações de cana de açúcar, por exemplo, devem impactar diretamente o preço do etanol e do próprio açúcar. Segundo a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil, os produtores do ramo devem ter um prejuízo de cerca de R$ 350 milhões por conta das queimadas recentes.

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