Governo de SP decreta luto oficial de sete dias pela morte de Quércia
O governo do Estado de São Paulo decretou luto oficial de sete dias pela morte do ex-governador Orestes Quércia, aos 72 anos, nesta sexta-feira (24). Quércia morreu às 7h40 no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estava internado para tratar um câncer de próstata –recidiva de um tumor que ele já combateu há mais de dez anos.
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O decreto de luto foi assinado pelo governador Alberto Goldman e será publicado neste sábado, 25, no Diário Oficial. A respeito do falecimento do peemedebista, Goldman disse, em nota, que recebeu a notícia “com muito pesar”.
“Quero transmitir minhas condolências à sua família. Orestes Quércia teve um papel fundamental na construção do MDB, na luta contra a ditadura e na reconquista da democracia. Foi um senador que honrou nosso Estado e um governador que deu um grande impulso ao desenvolvimento de São Paulo."
Desde as 14 horas desta sexta-feira o velório do ex-governador de SP é realizado no Palácio dos Bandeirantes –sede do governo paulista. A cerimônia, que é aberta ao público, acontece no hall principal do palácio.
O enterro está marcado para este sábado (25), às 9h, no cemitério do Morumbi, na avenida Morumbi, 4.500, em SP.
Biografia
Ex-radialista, Quércia já foi vereador e prefeito de Campinas, senador, deputado estadual, vice-governador e governador de São Paulo de 1987 a 1991. Ele foi um dos fundadores do PMDB e, em março de 1991, assumiu a presidência nacional do partido, substituindo Ulysses Guimarães.
Desde que saiu do governo, Quércia não venceu nenhuma eleição. Disputou a corrida presidencial em 1994, o governo estadual em 1998 e 2006 e o Senado em 2002.
Eleições 2010
Por causa da doença, Quércia desistiu de concorrer ao Senado em 2010. Assim ele beneficiou Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), tucano que começou mal nas pesquisas e acabou sendo eleito para a primeira vaga paulista --a segunda ficou com Marta Suplicy (PT).
Com o peemedebista fora da disputa, Aloysio viu seu espaço na TV crescer para 5min29s --disparado o maior entre os candidatos.
Em nota divulgada à imprensa, logo após a desistência, Quércia pediu votos ao tucano. Sua filha Andreia apareceu diversas vezes no horário eleitoral para declarar apoio da família ao aliado.
Em pesquisa Datafolha do começo de setembro, Quércia tinha 26% nas intenções de voto para o Senado, tecnicamente empatado no segundo lugar com Netinho (PC do B).
Aloysio, na ocasião, estava em quinto lugar, com 12%.
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