Interino ficará no Ministério dos Transportes até o fim do mês, diz líder do PR
O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, deve ficar como titular da pasta até o fim do recesso parlamentar, em substituição ao demissionário Alfredo Nascimento (PR). É essa a avaliação do líder do PR na Câmara dos Deputados, Lincoln Portella (MG).
Segundo o deputado, a presidente Dilma Rousseff aguardará por uma definição do partido sobre o substituto de Nascimento, presidente do PR e envolvido em denúncias de favorecimento a aliados e familiares.
“Não somos masoquistas, ficamos tristes com o que aconteceu. Cogitar nomes agora seria uma leviandade que serviria apenas para que essas pessoas sejam descartadas”, disse Portella. Questionado sobre quando o Ministério terá um titular, o deputado respondeu: “depois do recesso”.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira (PT-SP), sugeriu em seu Twitter (@pauloteixeira13) que o novo ministro dos Transportes poderá ser Paulo César Passos: "o sucessor de Nascimento é Paulo Sérgio Passos". Em seguida, voltou atrás: "A notícia de que o sucessor de Nascimento é Paulo César Passos ainda não foi confirmada", escreveu Teixeira no microblog.
Passos já foi o titular da pasta duas vezes, revezando-se com Nascimento no cargo. Em março de 2006, Nascimento saiu do Ministério e Passos entrou. Depois, Nascimento reassumiu o cargo em março de 2007 e o repassou para o colega em março de 2010, para disputar o governo do Amazonas. Em 2011, Nascimento voltou a ser ministro e, agora, pediu demissão.
Escândalo
O Ministério dos Transportes divulgou nota na tarde desta quarta-feira (6) para afastar a hipótese de que o ministro Alfredo Nascimento (PR-AM) teria sido demitido do cargo. Nesta quarta-feira (6), em Brasília, o clima no Congresso era de que Nascimento não tinha mais condições de ocupar o cargo por conta da divulgação de supostos esquemas de corrupção em sua pasta.
O comunicado do Ministério diz que dos Transportes diz que Nascimento tem “determinação de colaborar espontaneamente para o esclarecimento cabal das suspeitas” e vai “encaminhar requerimento à Procuradoria-Geral da República pedindo a abertura de investigação e autorizando a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal”. A nota diz ainda que o ex-ministro reassumirá sua vaga de senador e a presidência de seu partido, o PR (Partido da República).
O caso
No último sábado (2) a revista “Veja” relatou suposto esquema de propinas no Ministério dos Transportes que beneficiariam o PR –partido ao qual pertence o ministro Alfredo Nascimento e que comanda a pasta desde o governo Lula.
Segundo a revista, o esquema envolveria o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Valec –órgãos submetidos ao Ministério dos Transportes. No sábado mesmo, a presidente Dilma Rousseff afastou quatro dirigentes da cúpula do Ministério, incluindo Luís Antônio Pagot, diretor-geral do Dnit e José Francisco das Neves, diretor-presidente da Valec. Os outros afastados são Mauro Barbosa da Silva, chefe de gabinete de Nascimento, e Luís Tito Bonvini, assessor do gabinete do ministro.
*Com reportagem de Fábio Brandt, em Brasília
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