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Prefeito de Lorena (SP) é cassado pelos vereadores, mas consegue liminar e fica no cargo

Bruno Monteiro

Especial para o UOL Notícias <br> Em Lorena (SP)

15/07/2011 21h47

O prefeito de Lorena (cidade a 190 km de São Paulo), Paulo Neme (PTB), foi cassado pelos vereadores da cidade em sessão extraordinária realizada nesta sexta-feira (15). Mesmo com a decisão do Poder Legislativo local, o prefeito permanece no cargo aguardando uma definição final da justiça.

Paulo Neme é acusado de malversação e desvio de dinheiro público, uso irregular de carro oficial e de ignorar os requerimentos dos vereadores. Nove dos dez vereadores da cidade votaram pela cassação. Somente o vereador Roberto Bastos, conhecido como Totó, do mesmo partido do prefeito, votou contra decisão.

A sessão que decidiu pelo afastamento do prefeito de Lorena ocorreu na maior normalidade. Foi lido o relatório final da CEI (Comissão Especial de Inquérito) instaurada pelos vereadores para apurar as denúncias de irregularidades contra o prefeito. Após isso, o advogado do Chefe do Executivo da cidade teve duas horas para defendê-lo, mas não convenceu os vereadores. A maioria absoluta optou pela cassação do mandato do prefeito.

Indefinição

Mesmo com a decisão dos vereadores, em um primeiro momento, Paulo Neme permanece no cargo. Ele conseguiu uma liminar que torna, por hora, nula a votação na Câmara. Ele continua a exercer o cargo até o mérito da liminar ser julgado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A Câmara Municipal de Lorena já se posicionou e declarou de forma oficial que vai recorrer da decisão para que o prefeito seja afastado do cargo imediatamente.

Mesmo com a decisão na Câmara, o prefeito de Lorena, por meio de declaração oficial, disse que continuará a cumprir sua agenda normalmente até o julgamento do TJ e não reconhece a decisão da Câmara.

Pedofilia

Além de todas as denúncias levantadas pela Câmara, o prefeito de Lorena foi citado na CPI da Pedofilia do Senado Federal. Segundo denúncia, Neme teria aliciado um adolescente a ir para sua casa e manter relações sexuais com ele. O petebista nega a acusação.