CPI para investigar fraudes é instalada em Campinas
A Câmara Municipal de Campinas (93 km de São Paulo) abriu nesta segunda-feira (29) a CPI da Corrupção para investigar casos de fraudes em contratos públicos e desvio de verbas ocorridas na gestão do prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT).
Denunciado por corrupção e formação de quadrilha pelo Ministério Público, o vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT), assumiu o comando da cidade na semana passada.
No entanto, Vilagra foi afastado pela Câmara um dia depois de tomar posse e conseguiu permanecer no cargo por força de uma liminar. A Câmara vai recorrer até o final desta semana para tentar afastar o petista novamente.
Desvios
Um dos objetivos da CPI da Corrupção é quantificar o valor que foi desviado dos cofres públicos nos últimos anos e pedir à Justiça que o dinheiro seja devolvido pelos responsáveis.
A nova CPI foi aberta com as assinaturas favoráveis de 14 vereadores. O pedido foi protocolado pelo vereador Artur Orsi (PSDB) nesta manhã de segunda-feira (29). Eram necessárias 11 assinaturas a favor para instaurar a comissão sem a necessidade de passar por votação em plenário.
Entre os casos que serão investigados pela CPI estão um convênio para a realização de pesquisas na Secretaria de Finanças, contratos para organização de eventos na Secretaria de Cultura, suspeitas de nepotismo na administração, além de irregularidades na aprovação de loteamentos e de obras e na instalação de antenas de telefonia celular.
Os casos de supostas fraudes em contratos da Sanasa (empresa de saneamento da cidade) também serão investigados pela CPI.
A comissão terá 90 dias para concluir as investigações, que podem ser prorrogadas por mais 30 dias.
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