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Em sabatina, Bruno Covas diz que citação sobre propina foi caso hipotético

Do UOL Notícias, em São Paulo

05/12/2011 12h38Atualizada em 05/12/2011 13h57

Em sabatina promovida pela Folha e pelo UOL, que acontece nesta segunda-feira (5) com os quatro pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo, o secretário de Estado do Meio Ambiente, Bruno Covas, voltou a dizer que a declaração que deu sobre o fato de ter recebido proposta de propina foi um caso "hipotético".

“O caso foi totalmente já esclarecido. Contei uma história de forma hipotética e [isso] se tornou um grande carnaval. Um político precisa saber dizer “não”, dizer não à corrupção. O que eu disse é que eu não aceitaria, não aceito e não vou aceitar um esquema de corrupção. Dizer que por isso eu não posso ser prefeito São Paulo eu não concordo. Um candidato que diz não à corrupção não pode ser prefeito de São Paulo?”, disse.

Em setembro, Bruno Covas envolveu seu nome no escândalo da venda de emendas na Assembleia Legislativa de São Paulo, ao dizer ao jornal "O Estado de S. Paulo" que rejeitara uma oferta de propina quando deputado.

Também participam da sabatina os secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura) e José Aníbal (Energia) e o deputado federal Ricardo Trípoli.

"Ruim de voto"

Quando questionado sobre o fato de ouvir dos colegas de partido que é “bom de máquina, mas ruim de voto”, o secretário de Estado de Energia, José Aníbal, rebateu as críticas. 

"Vamos acabar com esse mito. Em 2006 eu fui candidato a deputado federal, me elegi com 171 mil votos, fui quatro vezes líder do meu partido e conduzi a aprovação do Plano Real na Câmara", afirmou.

Política "higienista"

Questionado sobre sua atuação à frente das subprefeituras nas gestões de José Serra e Gilberto Kassab, quando foi acusado de ser higienista, Andrea Matarazzo disse que a questão era uma "tese dos oportunistas e daqueles que exploram a miséria humana".

"História de que moradores de rua querem ficar na rua é história pra boi dormir. É lógico que eles não querem, não têm é alternativas", afirmou. "Se seu filho estivesse fumando crack, você deixaria ele por aí vagando com um cobertorzinho? É claro que não. Ninguém quer ficar na rua se puder não ficar."

Prévias

O PSDB é o único partido que deve realizar prévias em São Paulo. Haveria sabatina com os pré-candidatos do PT, mas o partido definiu que lançará o ministro Fernando Haddad (Educação). Os demais pré-candidatos no atual quadro na capital são Gabriel Chalita (PMDB), Netinho de Paula (PC do B), Celso Russomanno (PRB) e Soninha Francine (PPS).

As prévias do PSDB são estimadas para janeiro, mas o governador Geraldo Alckmin quer empurrar a definição do nome para março. O partido negocia aliança com o prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Sabatina

Os quatro pré-candidatos tucanos respondem a perguntas dos jornalistas Vera Magalhães, repórter especial da Folha, e Diogo Pinheiro, editor do UOL Notícias. Pelas regras acertadas com as assessorias dos quatro pré-candidatos, não há debate entre eles no encontro.

São abordados temas gerais de interesse da cidade e questões relacionadas à disputa política pela candidatura à sucessão do prefeito Gilberto Kassab em 2012, e cada um responde a perguntas diferentes sobre os mesmos tópicos.

A ordem em que os pré-candidatos respondem é alterada a cada rodada.