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CPI começa a analisar documentos da Operação Monte Carlo que faltavam

Da Agência Câmara

27/08/2012 14h51

Deputados e senadores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cachoeira deverão começar a analisar nesta semana todos os vídeos, gravações de áudio, fotos e documentos apreendidos durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro.

O material, que chegou na sua totalidade à comissão na última sexta-feira (24), havia sido pedido já na primeira semana de trabalho da comissão, no final de abril, e desde então vinha sendo cobrado repetidamente pelos parlamentares, praticamente em todas as reuniões.
Como justificativa para o atraso na entrega do material apreendido na Operação Monte Carlo, a Polícia Federal explicava que havia a necessidade de analisar o material e registrá-lo na Justiça antes de encaminhar à CPI.

No último dia 14, dez dias antes do conteúdo chegar à CPI, um grupo de parlamentares chegou a ir até a direção da PF para cobrar rapidez na remessa. E o prazo combinado naquele dia foi cumprido. Agora, falta analisar as informações, que somam mais de 1 Terabyte.

O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), diz que será preciso fazer um esforço para analisar o material, mas que ele vai ajudar nas conclusões da comissão. “A nossa expectativa é que esse material possa contribuir com a análise que estamos fazendo sobre os tentáculos dessa organização criminosa”, disse.

 

Ao todo, a CPMI recebeu 280 mídias, entre CDs, DVDs e Blue-rays. Além do material apreendido, há laudos periciais e relatórios de análise produzidos pela PF. Técnicos da polícia periciaram as imagens. Agora, o material está sendo inserido no sistema informatizado da comissão, para que os parlamentares possam ter acesso.

Os arquivos foram reunidos a partir de 27 mandados de busca e apreensão expedidos pela operação e recolhidos na casa do contraventor, de seu ex-cunhado, Adriano Aprígio, e de outras pessoas ligadas ao grupo.

Segundo informações da assessoria da Polícia Federal, o órgão não tem mais nenhuma pendência com a CPMI. Mas a corporação pode voltar a colaborar com o aprofundamento das investigações, se for acionada pelos parlamentares.