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Com custo de R$ 2,81 por eleitor, eleições de 2012 foram as mais baratas da era do voto eletrônico, diz presidente do TSE

Do UOL, em Brasília

06/11/2012 14h01Atualizada em 06/11/2012 14h17

O custo das eleições municipais de 2012 foi o menor desde a implantação do sistema eletrônico de votação em 1996, afirmou nesta terça-feira (6) a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Cármen Lúcia. O pleito custou R$ 395.270.694,00, o que equivale a R$ 2,81 por eleitor, segundo dados do tribunal. Na eleição municipal de 2008 o voto por eleitor custou R$ 3,75 e na  presidencial de 2010, R$ 3,86.  “Quanto maior o planejamento, menor é o custo”, disse Cármen Lúcia.

De acordo com a ministra, o planejamento e o aperfeiçoamento do processo de votação são fatores que contribuíram com a diminuição dos custos. Um dos gastos em que houve diminuição foi com o envio de tropas federais a municípios brasileiros para manutenção da lei e da ordem. Neste ano, os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) formaram comitês que discutiram e planejaram a segurança das eleições com remanejamento do efetivo das próprias polícias dos Estados, gerando menos custos.

Nas eleições municipais deste ano, segundo o TSE, o auxílio das Forças Armadas foi necessário em 401 cidades no primeiro turno e em duas no segundo. Já o apoio logístico dessas forças foi requisitado somente no primeiro turno, em 76 localidades. O custo empenhado pela Justiça Eleitoral foi de R$ 24.212.852,91, economia de 42% em relação às eleições de 2008 e de 38% em comparação ao pleito de 2010.

Recursos

Sobre os recursos de candidaturas que ainda estão pendentes de julgamento, a presidente do TSE disse que o tribunal recebeu 7.703 processos e já julgou 5.433, sendo 900 decididos pelo plenário da corte.

Quanto aos cerca de 2 mil faltantes, Lúcia afirmou que até 19 de dezembro, data limite para que os juízes eleitorais diplomem os eleitos, todos os recursos estarão julgados. Cabe ressaltar ainda, que o TSE já identificou e julgou a maioria dos casos que poderia influenciar no resultado das eleições, restando apenas processos de candidatos que não obtiveram votação expressiva.

Sobre a implantação da identificação biométrica do eleitor em mais cidades, Cármen Lúcia disse que os TREs farão levantamento sobre as revisões eleitorais necessárias em cada Estado e, na reunião dos presidentes da Justiça Eleitoral em dezembro próximo, já se deve ter o novo número.

Nas eleições municipais deste ano, 7.803.050 eleitores de 299 cidades em 24 Estados foram identificados pelas digitais, mas o cadastro eleitoral já conta com os dados biométricos de mais de 8,2 milhões de eleitores.

A presidente do tribunal disse ainda que a “democracia no Brasil é uma situação normal e regular” e que as eleições, a cada dois anos, ocorrerão de maneira cada vez mais rápida. Ela recebeu nesta manhã em seu gabinete os presidentes dos TREs de 22 Estados e do Distrito Federal para fazer um balanço das eleições.