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Na disputa pela indicação de candidato ao governo em 2014, Cabral elogia Lula em evento no Rio

Governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB), à esquerda, e o ex-presidente Luiz inácio Lula da Silva  - Ale Silva/Futura Press
Governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB), à esquerda, e o ex-presidente Luiz inácio Lula da Silva Imagem: Ale Silva/Futura Press

Julia Affonso

Do UOL, no Rio

27/02/2013 22h12

No Rio de Janeiro, para ser homenageado no Morthan (Encontro Nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase), na noite desta quarta-feira (27), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou entrosamento com o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB). PT e PMDB enfrentam uma crise na aliança por conta da indicação do nome do candidato ao governo do Estado, nas eleições de 2014.

Cabral anunciou recentemente que o vice-governador Luiz Fernando Pezão, que esteve no encontro, é o candidato a sucedê-lo, e não o senador Lindberg Farias, do PT. Nas duas eleições que venceu, Cabral contou com o apoio do partido de Lula e do PT em sua campanha.

O governador do Rio discursou durante a abertura do encontro e elogiou muito o ex-presidente, a quem chamou de “o presidente de todos os brasileiros”. Após o evento, Lula e Cabral saíram sem falar com a imprensa e foram para um jantar em um local que não foi divulgado. O ex-presidente embarca para Fortaleza amanhã (28), onde participa de um seminário.

“Dilma não é durona”, diz o ex-presidente

Lula foi homenageado durante o encontro com o Prêmio Bacurau, por suas contribuições para a garantia dos direitos humanos das pessoas atingidas pela hanseníase. Tanto ele quanto o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disseram que esperam que o Brasil consiga extinguir a doença até 2015.

“A hanseníase ainda é um problema de saúde pública no país. Tivemos em 2012, menos de 1,2 casos por 10 mil habitantes. A meta da OMS [Organização Mundial de Saúde] para eliminar a doença é de 1um caso por 10 mil. Acho que vamos conseguir”, disse Padilha.

A hanseníase é uma doença crônica, que tem tratamento e cura, proveniente de infecção que tem a capacidade de infectar um grande número de indivíduos no entanto poucos adoecem. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 33.000 casos novos são detectados a cada ano, sendo 7% deles em menores de 15 anos, no Brasil.

“O preconceito contra determinadas doenças, contra o pobre, negros, mulheres, enfim, contra pessoas que são consideradas de segunda classe, não existe mais para os portadores de hanseníase. Isso é uma conquista extraordinária”, disse Lula.

“A presidenta Dilma olha as causas sociais. Ela não é durona, como as pessoas imaginam. Uma mulher que tem o coração que ela tem. As mulheres tem que ser mais duras, porque a vida inteira elas foram tratadas como objeto nesse país”, afirmou.