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Recebida com protestos em Fortaleza, Dilma defende maior integração entre governos

A presidente Dilma Rousseff anda de metrô durante a inauguração das estações Chico da Silva e José de Alencar da linha sul do metrô de Fortaleza, nesta quinta-feira - Presidência da República/Divulgação
A presidente Dilma Rousseff anda de metrô durante a inauguração das estações Chico da Silva e José de Alencar da linha sul do metrô de Fortaleza, nesta quinta-feira Imagem: Presidência da República/Divulgação

Do UOL, em Brasília

18/07/2013 12h39Atualizada em 18/07/2013 12h43

Recebida com protestos em Fortaleza, a presidente Dilma Rousseff voltou a cobrar nesta quinta-feira (18) maior integração entre as três esferas de poder para lidar com os problemas de mobilidade urbana e transporte público.

“Era convencionado que o transporte coletivo que era das prefeituras e do governo do estado. Nós não concordamos com isso, achamos que é um problema dos brasileiros e, portanto, é um problema do governo federal também.”

A presidente foi à capital cearense acompanhada de diversos ministros para inaugurar duas estações da linha sul do metrô, que recebeu dinheiro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

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A inauguração coincide com o momento em que o país vive uma onda de protestos, que cobram, entre outras coisas, avanços na mobilidade urbana, em especial qualidade no transporte público. Índios e médicos protestaram contra a presidente nesta quinta-feira.

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, chegou a fazer menção às manifestações, dizendo que “a poeira levantou”, mas que iria logo baixar. “[A presidente] vai dar conta de dar o recado bem dado”, afirmou.

No seu discurso, Dilma também citou os protestos que ocorreram pelo país e disse que “democracia exige sempre mais democracia”. “Se formos olhar as manifestações de junho, elas foram feitas porque uma característica do ser humano (...) que é a capacidade de querer mais.”

A linha sul, da qual fazem parte as estações recém-inauguradas Chico da Silva e José de Alencar, é parcialmente subsidiada pelo governo federal. Do custo total de R$ 1,5 bilhão, R$ 1,2 bilhão foi pago com dinheiro do PAC e o restante, com verba do governo estadual local.

Segundo o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, também presente ao evento, cerca de 350 mil pessoas vão usar a linha sul diariamente.

À tarde, a presidente participa da cerimônia de formatura de 2.400 alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que oferece cursos de formação e qualificação profissional a pessoas inscritas em programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família.

Ela também assinará uma ordem de serviço para dar início às obras do primeiro trecho do Cinturão das Águas, obra que pretende garantir o abastecimento de água da região do Cariri.