Morre, aos 90, o ex-ministro do STF Paulo Brossard
Morreu neste domingo (12), em sua residência em Porto Alegre, o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Paulo Brossard. Ele tinha 90 anos. O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), decretou luto oficial de três dias. O velório deve ocorrer no Palácio Piratini, sede do governo do Estado.
A presidente Dilma Rousseff manifestou "tristeza" ao receber a notícia da morte do jurista, "homem de fortes convicções democráticas, que se tornou uma referência política na luta contra a ditadura. O país perde um grande brasileiro”, disse ela, em nota. No texto, Dilma manifestou solidariedade à viúva, Lúcia Brossard, e aos filhos, amigos e parentes dele.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também destacou a contribuição do jurista na luta pela redemocratização do país e para a realização, em 1992, do plebiscito em que os brasileiros escolheram a República e o presidencialismo como forma e sistema de governo do país.
“O Ministério da Justiça assinala a contribuição relevante que ele prestou ao país na luta pela redemocratização e ainda seu papel destacado como titular da pasta da Justiça no governo [de José] Sarney e, em seguida, entre 1989 e 1994, como ministro do Supremo Tribunal Federal”, diz nota divulgada pelo ministério. “Diante de seu legado como homem público, político, jurista, ministro do STF e advogado, é que, neste momento de dor de seus amigos e familiares, apresento sinceras condolências”, acrescenta o texto.
“Lamento profundamente a morte de Paulo Brossard, um dos maiores juristas do Brasil. Perdemos um grande homem, um professor, um ferrenho opositor da ditadura militar, um político que fez história”, disse Ivo Sartori em sua página no Facebook, prestando suas condolências aos familiares.
Paulo Brossard de Sousa Pinto nasceu em Bagé (RS) em 23 de outubro de 1924, filho de pecuaristas do município. Sua carreira política começou em 1954, quando elegeu-se deputado estadual, sendo reeleito mais duas vezes para o cargo. Foi eleito deputado federal pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em 1966 e senador em 1974. Foi ministro do STF de 1989 a 1994.
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