Rodrigo Maia diz que determinou prisão de manifestantes que invadiram Câmara
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que ter determinado à policia legislaltiva que todos os manifestantes que invadiram o plenário na tarde desta quarta-feira (16) durante uma sessão fossem presos pela policia legislativa e levados à Polícia Federal.
"Não vamos aceitar esse tipo de abuso ao parlamento brasileiro", disse Maia. "Não há negociação com aquele que não quer negociar", disse.
Para o presidente da Câmara, não houve falha na segurança da Câmara.
A assessoria de imprensa da Câmara informou que todos deverão ser indiciados com base no artigo 18 da Lei de Segurança Nacional, que pune com pena de reclusão de 2 a 6 anos o ato de "tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos Estados".
Além disso, quatro manifestantes identificados como lideranças do grupo devem ser indiciados por dano ao patrimônio e lesão corporal. Na confusão, um policial legislativo e um assessor parlamentar ficaram feridos.
Cerca de 50 pessoas tomaram, por volta das 15h30, o entorno da mesa de onde os membros da Mesa Diretora comandam os trabalhos. Houve empurra-empurra entre policiais legislativos e manifestantes quando os agentes tentaram retirar parte dos ativistas do plenário.
Alguns dos manifestantes também gritaram palavras de ordem a favor de uma "intervenção militar". Uma mulher usava uma blusa com a frase "intervenção já".
Um dos manifestantes, Antonio, que preferiu não informar seu sobrenome, disse que o Congresso está querendo implantar o comunismo no Brasil. "Eles [deputados] têm que fiscalizar o Poder Executivo", declarou. Questionados sobre quais votações estariam contra, ele disse apenas que é contra a "bandalheira".
Por volta de 17h20, dois pequenos grupos de ao menos cinco pessoas deixaram o plenário acompanhados de policiais legislativos.
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