Deputado diz que vai devolver dinheiro público usado para visitar Cunha na prisão
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) usou dinheiro público durante a viagem que fez para visitar o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na prisão, em Curitiba.
O caso foi revelado primeiramente pelo jornal “O Globo”. Após a publicação da reportagem, Marun disse ao UOL que vai devolver ainda esta terça (31) o valor gasto -- R$ 1.242,62, sendo R$ 154,35 em hospedagem e R$ 1.088,27 em passagens aéreas.
“As outras despesas (transporte e alimentação) que eu fiz e paguei, já não havia passado recibo e nota para o meu gabinete”, afirmou o deputado, um dos mais fiéis aliados de Cunha.
Marun visitou Cunha no dia 30 de dezembro no CMP (Complexo Médico-Penal do Paraná), em Pinhais, nos arredores de Curitiba. Segundo informações disponíveis no site da Câmara sobre o uso de cota parlamentar pelos candidatos, Marun viajou de Porto Alegre a Curitiba no dia 29 de dezembro. No mesmo dia, se hospedou no hotel Rochelle Corporate, na capital paranaense.
Visita de 'caráter natalino'
Em nota, o deputado disse que sua visita a Cunha “não teve caráter político, tendo sido uma visita natalina de caráter solidário”. No comunicado, Marun também diz considerar “que isto demonstra a absoluta transparência da Câmara Federal no trato das despesas do exercício dos mandatos parlamentares.”
Marun foi um dos dez deputados que votaram contra a cassação do mandato de Cunha na Câmara, em setembro. No mês seguinte, o ex-deputado foi preso preventivamente no âmbito da Operação Lava Jato.
Esta semana, o UOL mostrou que, mesmo preso, Cunha mantém contato com pessoas do meio político. Nos últimos dois meses, o ex-deputado foi visitado em ao menos duas ocasiões por Lucas de Castro Rivas, assistente técnico da Câmara e filho do advogado Aldenir Ferreira Rivas, que impetrou ação na Justiça Federal contra a candidatura à reeleição do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Cunha e Maia são desafetos.
Lucas admitiu as visitas e que conversou sobre a sucessão de Maia, mas negou que ação impetrada por seu pai tenha sido feita a pedido de Cunha.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.