Os investigados do PMDB
Daniel Vilela, deputado federal por Goiás
Delatores: Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Alexandre José Lopes Barradas
Suspeitas: em 2014, Luís Alberto Maguito Vilela, prefeito de Aparecida de Goiânia (GO), na condição teria solicitado doação, a pretexto de beneficiar a campanha eleitoral de seu filho Daniel Elias Carvalho Vilela para a Câmara dos Deputados, a fim de manter a regularidade da execução dos contratos com a Odebrecht, na cidade. Nesse cenário, houve repasse de R$ 1 milhão a Daniel. No mesmo âmbito, conforme o MP, relatam os colaboradores o repasse da soma de R$ 500 mil, no ano de 2012, a Luís Alberto Maguito Vilela, quantia não contabilizada no âmbito da campanha eleitoral para a Prefeitura Municipal de Aparecida de Goiânia
Crimes: omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais
Outro lado: o deputado declarou que sua campanha foi feita "inteiramente com recursos contabilizados, conforme determina o TSE, e aprovada".
Edison Lobão, senador pelo Maranhão
Delatores: Henrique Serrano do Prado Valladares
Suspeitas: a Odebrecht pagou R$ 5,5 milhões a Lobão com o objetivo de interferir em obra da Usina Hidrelétrica de Jirau. Alguns dos pagamentos teriam sido realizados em espécie e entregues na residência do filho do parlamentar, segundo a delação.
Crimes: lavagem de dinheiro e vantagem indevida
Outro lado: a defesa do senador diz que "é bom que as informações venham a público, para que eles [clientes] possam se defender”
Eduardo Braga, senador pelo Amazonas
Delatores: Arnaldo Cumplido de Souza e Silva
Suspeitas: ajuste entre o Grupo Odebrecht e o então governador do Amazonas para que fossem feitos pagamentos em seu favor relativamente à construção da Ponte do Rio Negro. O repasse seria de R$ 1 milhão
Crimes: oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício
Outro lado: o senador afirma estar "tranquilo" e que aguarda o resultado das investigações
Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil
Delatores: José de Carvalho Filho, Cláudio Melo, Marcelo Bahia Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho e Paulo Henyan Yue Cesena
Suspeitas: solicitação de recursos ilícitos em nome do PMDB e de Michel Temer a pretexto de campanhas eleitorais. O delator Cláudio Melo Filho relata um jantar, de que teria participado Marcelo Odebrecht, Eliseu Padilha e Michel Temer, em dia 28 de maio de 2014, no Palácio do Jaburu [residência do vice-presidente], no qual teria sido solicitado, o repasse de R$ 10 milhões, sendo R$ 6 milhões para Paulo Skaf (candidato do PMDB ao governo paulista) e R$ 4 milhões a Padilha
Crimes: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa
Outro lado: procurado pelo UOL, o ministro preferiu não se manifestar por ora
Delatores: Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Valter Luis Arruda Lana
Suspeitas: pagamento de vantagens indevidas associadas à execução de contrato administrativo que tinha como objeto a construção da linha 1 da Trensurb no Rio Grande do Sul. Padilha seria um dos envolvidos no esquema de cerca de R$ 8,3 milhões
Crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Outro lado: procurado pela reportagem, o ministro preferiu não se manifestar por ora
Eunício Oliveira, presidente do senado e senador pelo Ceará
Delatores: Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Carlos José Fadigas de Souza, Cláudio Melo Filho, Emilio Alves Odebrecht, José de Carvalho Filho e Marcelo Odebrecht
Suspeitas: Odebrecht teria atuado no âmbito do Congresso Nacional com o objetivo de conversão das medidas provisórias em lei. O deputado foi um dos beneficiários do total de R$ 164,1 milhões destinados a parlamentares do PMDB
Crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Outro lado: "A Justiça brasileira tem maturidade e firmeza para apurar e distinguir mentiras e versões alternativas da verdade", declarou o senador peemedebista citado na lista
Helder Barbalho, ministro de Estado da Integração Nacional
Delatores: Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira (inquérito 4449)
Suspeita: pediu e recebeu doação para o caixa 2 na campanha para governador do Pará em 2014. Os repasses funcionariam como contrapartida a interesses do grupo Odebrecht no Pará, notadamente na área de saneamento básico, espaço em que a empresa almejava atuar como concessionária
Crimes: recebimento de vantagem indevida e ocultação de origem de bens
Outro lado: O ministro nega ter cometido ilegalidades.
Kátia Abreu, senadora
Delatores: José de Carvalho Filho, Claudio Melo Filho, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira
Suspeitas: pagamento de R$ 500 mil não contabilizados, na campanha eleitoral de 2014
Crimes: falsidade ideológica
Outro lado: A senadora Kátia Abreu diz que, por desconhecer a decisão, não tem elementos suficientes para rebater as supostas acusações “feitas contra mim e o meu marido, mas afirmo categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca participei corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de grupos fora da lei”
Lúcio Vieira Lima, deputado pela Bahia
Delatores: Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Carlos José Fadigas de Souza, Cláudio Melo Filho, Emilio Alves Odebrecht, José de Carvalho Filho e Marcelo Odebrecht
Suspeitas: Odebrecht teria atuado no âmbito do Congresso Nacional com o objetivo de conversão das medidas provisórias em lei. O deputado foi um dos beneficiários do total de R$ 164,1 milhões destinados a parlamentares do PMDB
Crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Outro lado: o deputado não se manifestou sobre a investigação
Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral da Presidência
Delatores: José de Carvalho Filho, Cláudio Melo, Marcelo Bahia Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho e Paulo Henyan Yue Cesena
Suspeitas: solicitação de recursos ilícitos em nome do PMDB e de Michel Temer a pretexto de campanhas eleitorais. Moreira Franco teria pedido R$ 4 milhões à Odebrecht.
Crimes: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa
Outro lado: o ministro diz que só falará “nos autos do processo”
Pedro Paulo, deputado pelo Rio de Janeiro
Delatores: Leandro Andrade Azevedo, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Luiz Eduardo da Rocha Soares
Suspeitas: Pedro Paulo e ex-prefeito Eduardo Paes teriam solicitado doação de maneira oculta para a campanha de ambos. O grupo Odebrecht também fez um pagamento para facilitação de contratos relativos às Olimpíadas de 2016. No total, os peemedebistas teriam recebido R$ 19,3 milhões
Crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Outro lado: "O processo vai comprovar que são falsas as citações dos delatores, e os inquéritos serão arquivados", disse o peemedebista.
Renan Calheiros, senador pelo Alagoas
Delatores: Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Carlos José Fadigas de Souza, Cláudio Melo Filho, Emilio Alves Odebrecht, José de Carvalho Filho e Marcelo Odebrecht
Suspeitas: Odebrecht teria atuado no âmbito do Congresso Nacional com o objetivo da conversão das medidas provisórias em lei. O senador foi um dos beneficiários do total de R$ 164,1 milhões destinados a parlamentares do PMDB
Crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Outro lado: Em nota, o senador afirmou que a abertura dos inquéritos permitirá que ele conheça o teor das "supostas acusações". "Acredito que esses inquéritos serão arquivados por falta de provas, como aconteceu com o primeiro", disse
Delatores: José de Carvalho Filho, Cláudio Melo Filho e Marcelo Odebrecht
Suspeitas: Recebimento de R$ 5 milhões em contrapartida à aprovação da MP que cuidava de créditos no exterior
Crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Outro lado: Em nota, o senador afirmou que a abertura dos inquéritos permitirá que ele conheça o teor das "supostas acusações". "Acredito que esses inquéritos serão arquivados por falta de provas, como aconteceu com o primeiro", disse.
Delatores: Ariel Parente Costa, Alexandre Biselli, Cláudio Melo Filho, Fabiano Rodrigues Munhoz, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e João Antônio Pacífico Ferreira
Suspeitas: participou da divisão das propinas com outros políticos. O inquérito investiga o total de R$ 1,5 milhão
Crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Outro lado: Em nota, o senador afirmou que a abertura dos inquéritos permitirá que ele conheça o teor das "supostas acusações". "Acredito que esses inquéritos serão arquivados por falta de provas, como aconteceu com o primeiro", disse
Delator: Cláudio Melo Filho (inquérito 4389)
Suspeita: Pedido de pagamento de vantagem de indevida em troca de aprovação de legislação favorável aos interesses da empresa. A matéria em debate, relacionada a contratos de energia na região Nordeste, era de extrema importância para a Braskem S/A, empresa controlada pelo grupo empresarial. Renan pediu a solicitou a realização de pagamento a pretexto de doação eleitoral em favor de Renan Filho, então candidato ao governo de Alagoas. Na ocasião, o delator compreendeu que a ausência de pagamento impediria a solução da questão
Crimes: recebimento de vantagem indevida e ocultação de origem de bens
Outro lado: Em nota, o senador afirmou que a abertura dos inquéritos permitirá que ele conheça o teor das "supostas acusações". "Acredito que esses inquéritos serão arquivados por falta de provas, como aconteceu com o primeiro", disse
Renan Filho, governador do Alagoas
Delatores: Ariel Parente Costa, Alexandre Biselli, Cláudio Melo Filho, Fabiano Rodrigues Munhoz, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e João Antônio Pacífico Ferreira
Suspeitas: participou da divisão das propinas com outros políticos. O inquérito investiga o total de R$ 1,5 milhão
Crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Outro lado: o governador não comentou o caso ao UOL
Delator: Cláudio Melo Filho (inquérito 4389)
Suspeita: Recebimento de doação em campanha eleitoral para o governo de Alagoas. A doação teria sido feita após pedido do senador Renan Calheiros, seu pai, em troca de vantagem indevida para aprovação de projeto no Senado.
Crimes: recebimento de vantagem indevida e ocultação de origem de bens.
Outro lado: o governador não comentou o caso ao UOL
Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, filho do senador Romero Jucá (RR)
Delatores: Claudio Mello Filho
Suspeitas: Em troca da aprovação de emendas da MP 651/14, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) pediu a realização de pagamento, por meio de doação eleitoral, em favor de seu filho, Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, então candidato a vice-governador de Roraima. O grupo Odebrecht fez o repasse de R$ 150 mil via doação oficial ao diretório do PMDB de Roraima
Crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Outro lado: Rodrigo não foi encontrado para comentar. O senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, afirma em nota que sempre esteve e sempre estará à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. “Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas”, afirmou o senador.
Romero Jucá, senador por Roraima
Delatores: Claudio Mello Filho
Suspeitas: Em troca da aprovação de emendas da MP 651/14, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) pediu a realização de pagamento, por meio de doação eleitoral, em favor de seu filho, Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, então candidato a vice-governador de Roraima. O grupo Odebrecht fez o repasse de R$ 150 mil via doação oficial ao diretório do PMDB de Roraima
Crimes: corrupção passiva e corrupção ativa
Outro lado: O senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, afirma em nota que sempre esteve e sempre estará à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. “Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas”, afirmou o senador.
Delatores: Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Carlos José Fadigas de Souza, Cláudio Melo Filho, Emilio Alves Odebrecht, José de Carvalho Filho e Marcelo Odebrecht
Suspeitas: Odebrecht teria atuado no âmbito do Congresso Nacional com o objetivo da conversão das medidas provisórias em lei. O senador foi um dos beneficiários do total de R$ 164,1 milhões destinados a parlamentares do PMDB
Crimes: lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa
Outro lado: O senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, afirma em nota que sempre esteve e sempre estará à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. “Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas”, afirmou o senador
Delatores: José de Carvalho Filho e Cláudio Melo Filho
Suspeitas: Recebimento de R$ 5 milhões em contrapartida à aprovação da MP que cuidava de créditos no exterior
Crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Outro lado: O senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, afirma em nota que sempre esteve e sempre estará à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. “Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas”, afirmou o senador
Delatores: José de Carvalho Filho e Henrique Serrano do Prado Valladares
Suspeitas: a empresa estava sendo alvo de ataques provenientes do governo federal e pediu a ajuda de parlamentares, entre eles o senador Romero Jucá que recebeu R$ 10 milhões em troca do apoio
Crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Outro lado: O senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, afirma em nota que sempre esteve e sempre estará à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. “Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas”, afirmou o senador
Delatores: Marcelo Odebrecht , Carlos José Fadigas Filho e Claudio Mello Filho
Suspeitas: em troca da aprovação da Resolução 72 no Senado, Jucá ganhou R$ 4,5 milhões
Crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Outro lado: O senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, afirma em nota que sempre esteve e sempre estará à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. “Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas”, afirmou o senador
Valdir Raupp, senador por Rondônia
Delatores: Henrique Serrano do Prado Valladares e Augusto Roque Dias Fernandes Filho
Suspeitas: os delatores relatam o pagamento de vantagens indevidas em favor de funcionários de Furnas, especialmente Márcio Porto (Diretor de Construção) e Mário Márcio Hogar (Diretor de Engenharia). Referidos repasses tinham o objetivo de dar sustentação política aos agentes públicos, sendo que, nesse contexto, o grupo Odebrecht e a construtora Andrade Gutierrez teriam assumido o compromisso de pagamento limitado a R$ 20 milhões. Tais irregularidades seriam associadas à execução das obras da Hidrelétrica de Santo Antônio, tendo os recursos, como destinatários, entre outros o senador Valdir Raupp. Os pagamentos foram implementados por meio do Setor de Operações Estruturadas.
Crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Outro lado: O senador se diz "tranquilo" com a citação e afirma que a lista é "baseada em declarações de delatores que no desespero falam e ninguém pode impedir". Raupp alega ter como provar que as doações destinadas ao PMDB foram legais e declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
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