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"Viagra" na lista da Odebrecht, Jarbas Vasconcelos teria recebido R$ 2 milhões

Deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) - Waldemir Barreto - 11.set.2013/Agência Senado
Deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) Imagem: Waldemir Barreto - 11.set.2013/Agência Senado

Nivaldo Souza

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/04/2017 20h56

O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB), ex-governador de Pernambuco, será investigado pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Ele é um dos parlamentares na lista do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal).

O despacho do ministro acusa o deputado de ter recebido R$ 2 milhões como caixa 2. O montante foi supostamente repassado pela Odebrecht à campanha de Vasconcelos em 2010, quando perdeu a disputa pelo governo pernambucano para Eduardo Campos (PSB).

Fachin registrou no documento que o deputado era chamado de “Viagra” pelo Setor de Operações Estruturadas Odebrecht – nome oficial do ‘departamento de propinas’ da empreiteira.

Segundo o ministro, o peemedebista é beneficiário de “vantagens não contabilizadas” que inicialmente estavam estimadas em R$ 700 mil. O Ministério Público Federal, contudo, identificou que os repasses da Odebrecht para Vasconcelos “totalizam soma maior”.

O suposto caixa 2 foi revelado em delação premiada por João Antônio Pacífico Ferreira, ex-diretor da Odebrecht nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste.

O deputado Jarbas Vasconcelos negou qualquer recebimento de doação ilegal. “Nunca fui de receber caixa 2 e muito menos propina”, afirmou

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