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Depoimento de Lula contará com 1.500 agentes de segurança no PR; saiba como será

10.mai.2017 - Policiamento reforçado em frente à Justiça Federal durante o 1º depoimento de Lula  - Daniel Derevecki/Foto Arena/Estadão Conteúdo
10.mai.2017 - Policiamento reforçado em frente à Justiça Federal durante o 1º depoimento de Lula Imagem: Daniel Derevecki/Foto Arena/Estadão Conteúdo

Vinicius Boreki

Colaboração para o UOL, em Curitiba

11/09/2017 18h26Atualizada em 11/09/2017 19h32

Aproximadamente mil policiais militares e 500 agentes de segurança pública – considerando bombeiros, guarda municipal e outros agentes – serão mobilizados para a segurança no depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acontecerá nesta quarta-feira (13), em Curitiba.

O número de policiais é menor do que o destacado para o primeiro depoimento do ex-presidente, em 10 de maio, quando 1.700 PMs e mais de 3.300 agentes de segurança pública. Contudo, helicópteros e atiradores de elite devem ser usados ao longo da operação.

Serão montados dois bloqueios, e o acesso à Justiça Federal do Paraná (JFPR), no Ahú, será restrito apenas a servidores e profissionais do Direito com atividades no local. A JFPR terá expediente normal na data.

Desde às 6h30, a Polícia Militar montará uma força-tarefa para impedir o acesso de pessoas não autorizadas em um perímetro de duas quadras do edifício. Um segundo bloqueio, em volta da JFPR, será reforçado a partir do meio-dia.

“O planejamento operacional é basicamente o mesmo, com um volume menor de policiais, considerando também o volume menor de pessoas informadas para esse evento. A frente de apoio do ex-presidente Lula informa que serão 40 ônibus, cerca de 2,5 mil pessoas”, afirmou o secretário de Estado de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (11).

O prédio da Justiça Federal do Paraná, no bairro do Ahú, em Curitiba: Lula vai depõe lá a Moro no próximo dia 10 - Janaina Garcia - 5.mai.2017/UOL - Janaina Garcia - 5.mai.2017/UOL
Prédio da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba, onde Lula vai depor
Imagem: Janaina Garcia - 5.mai.2017/UOL

O secretário não confirmou qual será o montante investido, mas estima custar menos do que os R$ 150 mil dispendidos na primeira operação. “Nós vamos investir em segurança para garantir uma manifestação tranquila e democrática de qualquer grupo e que um ato de justiça seja feito sem qualquer constrangimento”, declarou Mesquita, informando que os recursos aplicados serão informados à sociedade.

Mesquita rechaça críticas de exagero no empenho de agentes de segurança. “Qualquer situação que envolva milhares de pessoas com ideologias diferentes, em que há qualquer notícia de crime ao patrimônio, violência ou proteção à vida, nós temos a obrigação de empregar todos os meios”, avaliou.

Separação dos manifestantes

Assim como em maio, manifestantes pró e contrários ao ex-presidente Lula estarão separados na capital paranaense por cerca de alguns quilômetros. O grupo em favor da Operação Lava Jato vai se concentrar nas proximidades do Museu Oscar Niemeyer, no Centro Cívico.

Segundo Narli Resende, ativista em favor da Operação Lava Jato, há a expectativa de que 500 pessoas se manifestem ao longo do dia no espaço. Ela afirma que o evento terá duas atrações, mas não confirma quais são por “questões de segurança”.

Por outro lado, Gilberto Carvalho, uma das principais figuras do PT e nome muito próximo ao ex-presidente Lula, espera receber cerca de 5.000 pessoas na praça Generoso Marques, no centro de Curitiba, onde deve se concentrar a militância favorável ao presidente. Após o depoimento, Lula deverá se reunir para um discurso no local.

“Estamos chamando a militância a partir das 15 h, na praça Generoso Marques. Nós faremos eventos culturais e uma aula pública com o ex-ministro Eugênio Aragão, uma análise da Lava Jato sob o nosso ponto de vista”, afirmou Carvalho.

Ao contrário do primeiro depoimento, quando até a ex-presidente Dilma Rousseff esteve em Curitiba, é esperada uma comitiva menor do PT para recepcionar Lula. “Trata-se de um gesto que o presidente se sinta acarinhado, apoiado. Nós acreditamos em sua inocência”, ressaltou Carvalho.