Topo

Sem-teto fazem ato pelo país; em SP, grupo fecha parte da av. Paulista por 1h

19.set.2017 - Integrantes do MTST fazem ato em frente a prédio do Ministério da Fazenda, em SP - Marlene Bergamo/Folhapress
19.set.2017 - Integrantes do MTST fazem ato em frente a prédio do Ministério da Fazenda, em SP Imagem: Marlene Bergamo/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

19/09/2017 17h35Atualizada em 19/09/2017 19h08

Com gritos de "Fora Temer", o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) realizou nesta terça-feira (19) uma marcha pelas principais ruas do centro de São Paulo até o prédio da Presidência da República, na avenida Paulista, pelo "Dia de Luta por Teto e Trabalho".

Segundo o movimento, manifestações semelhantes aconteceram em diversas capitais brasileiras, como Fortaleza, Goiânia, Rio de Janeiro e Recife. Ao menos dez cidades recebem protestos, que também pedem a saída do presidente Michel Temer. Em Brasília, manifestantes se posicionaram em frente ao Ministério da Fazenda.

Na capital paulista, a marcha foi encerrada às 19h na avenida Paulista. Ela começou no início da tarde na estação da Luz. Às 17h25, o grupo subiu a rua da Consolação e por volta das 18h chegaram à avenida Paulista, bloqueando todas as pistas na altura da rua Augusta.

A ideia inicial, segundo a organização do movimento, era ocupar o prédio do Ministério da Fazenda no centro, mas ele estava fechado. Cerca de 25 mil pessoas participam do ato, segundo estimativa dos sem-teto.

De acordo com o líder do MTST, Guilherme Boulos, as manifestações pelo país foram um "recado" ao governo federal. "Eles [governo federal] andam dizendo por aí que não têm recursos para moradia popular, mas as malas estão cheias de dinheiro", disse referindo-se ao episódio de apreensão de R$ 51 milhões em malas a um endereço ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima.

De acordo com ele, com o dinheiro apreendido pela Polícia Federal dava para construir 550 moradias populares. Já com os R$ 4 bilhões destinados a emendas parlamentares pelo presidente Michel Temer, segundo Boulos, daria para construir 45 mil casas. "Essa história de que não tem dinheiro não convence ninguém", afirmou.