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Procuradoria arquiva representação por desacato após Renan criticar "juizeco"

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL)  - Geraldo Magela/Agência Senado
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) Imagem: Geraldo Magela/Agência Senado

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

21/11/2017 17h37

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, comunicou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) de que foi arquivada a representação feita contra o senador pelo crime de desacato após Renan chamado de “juizeco” o juiz do Distrito Federal que ordenou uma operação no Senado.

"Um juizeco de primeira instância não pode, a qualquer momento, atentar contra um poder", disse Renan, em entrevista a jornalistas em outubro do ano passado.

O senador se referia ao juiz titular da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, Vallisney de Souza Oliveira, que havia determinado a realização da Operação Métis, que efetuou busca e apreensão no Senado com o objetivo de investigar se a Polícia Legislativa atuava para atrapalhar investigações da Lava Jato contra senadores.

No comunicado enviado ao gabinete de Renan, a procuradora-geral afirma que a denúncia, apresentada por um advogado de São Paulo, foi arquivada pois a Procuradoria entendeu que não houve crime no episódio.

O mesmo advogado havia feito uma representação de igual teor ao STF (Supremo Tribunal Federal), que também foi arquivada, com a concordância da Procuradoria.

A reportagem do UOL procurou a assessoria de imprensa da Justiça Federal em Brasília, mas como o juiz Vallisney está de férias, não foi possível entrar em contato com o magistrado para saber se ele gostaria de comentar a decisão da PGR.