Procuradoria arquiva representação por desacato após Renan criticar "juizeco"
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, comunicou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) de que foi arquivada a representação feita contra o senador pelo crime de desacato após Renan chamado de “juizeco” o juiz do Distrito Federal que ordenou uma operação no Senado.
"Um juizeco de primeira instância não pode, a qualquer momento, atentar contra um poder", disse Renan, em entrevista a jornalistas em outubro do ano passado.
O senador se referia ao juiz titular da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, Vallisney de Souza Oliveira, que havia determinado a realização da Operação Métis, que efetuou busca e apreensão no Senado com o objetivo de investigar se a Polícia Legislativa atuava para atrapalhar investigações da Lava Jato contra senadores.
No comunicado enviado ao gabinete de Renan, a procuradora-geral afirma que a denúncia, apresentada por um advogado de São Paulo, foi arquivada pois a Procuradoria entendeu que não houve crime no episódio.
O mesmo advogado havia feito uma representação de igual teor ao STF (Supremo Tribunal Federal), que também foi arquivada, com a concordância da Procuradoria.
A reportagem do UOL procurou a assessoria de imprensa da Justiça Federal em Brasília, mas como o juiz Vallisney está de férias, não foi possível entrar em contato com o magistrado para saber se ele gostaria de comentar a decisão da PGR.
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