Cármen Lúcia se reúne na segunda com presidente de tribunal que julgará Lula
A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, terá um encontro com o presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, na segunda-feira (15), em Brasília. O encontro, no gabinete de Cármen Lúcia, deve durar cerca de 30 minutos.
Thompson Flores comanda o Tribunal que, no dia 24 de janeiro, irá julgar a apelação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra a condenação dele por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a nove anos e seis meses de prisão.
Segundo a agenda do Supremo, serão tratados assuntos institucionais. De acordo com a assessoria do TRF-4, o julgamento de Lula não é a pauta específica, mas o tema poderá vir a ser tratado.
Um dos assuntos que serão mencionados, porém, é a segurança de magistrados de primeira e segunda instância que integram as Cortes do TRF-4 nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Como o UOL confirmou em setembro, juízes que atuam em processos referentes a presos da penitenciária de segurança máxima de Catanduvas (PR) receberam proteção especial após virem à tona planos de atentados de facções criminosas.
Encontro com petistas
Na sexta-feira (12), o presidente do TRF-4 atendeu parlamentares das bancadas do PT, após pedido dos políticos para uma reunião para tratar do julgamento de Lula. Eles pediram uma sala no Tribunal para poder acompanhar a sessão do dia 24.
"Os senhores representam parcela da sociedade como membros do Poder Legislativo. Aceitamos prontamente a colaboração para assegurarmos a segurança de todos os envolvidos no julgamento do dia 24 e, também, pedimos que divulguem a mensagem por manifestações pacíficas", disse Thompson Flores.
Na carta entregue ao presidente do TRF-4, os petistas disseram entender "como essencial a garantia, por parte desta presidência, de que um grupo de parlamentares possa acompanhar o julgamento".
Julgamento crucial para Lula
O julgamento em Porto Alegre é crucial para o futuro de Lula. Em pleno ano de eleições presidenciais e com o petista liderando pesquisas de intenção de voto, uma condenação em segunda instância pode torná-lo inelegível e, até mesmo, levá-lo à prisão.
A defesa do ex-presidente diz que não há provas dos delitos e, por isso, ele deve ser absolvido
A presença de Lula no julgamento ou mesmo em Porto Alegre nos dias que antecedem a sessão do TRF-4 ainda é incerta.
Até o momento, representantes do PT já confirmaram a presença do ex-presidente em um ato público em São Paulo após o julgamento. No dia seguinte, o partido fará um evento na capital paulista com suas lideranças para reafirmar a candidatura presidencial de Lula, seja qual for o resultado no tribunal.
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