Geddel se torna réu por improbidade administrativa na Justiça do DF
O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), que ocupou a Secretaria de Governo do presidente Michel Temer (MDB), se tornou réu por improbidade administrativa nesta segunda-feira (9).
A decisão da juíza Diana Wanderlei, substituta da 5ª Vara Federal do Distrito Federal, foi tomada a partir de ação movida pelo MPF (Ministério Público Federal), que acusou Geddel de ter pressionado em busca de interesses particulares o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.
O episódio foi revelado por Calero e motivou a saída dele do governo. Segundo o ex-ministro da Cultura, Geddel teria lhe pedido para interferir em decisão do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) que barrou a construção de um prédio de luxo em Salvador, onde Geddel teria um apartamento.
O Iphan é um órgão ligado ao Ministério da Cultura.
Reportagem da "Folha de S.Paulo" revelou que Geddel é dono de 20% do empreendimento.
À Justiça Federal, em defesa prévia apresentada por seus advogados, Geddel negou ter buscado influenciar politicamente a decisão do Iphan, disse que não há provas de quando teria sido feita a suposta investida sobre Calero e afirmou que pareceres do próprio Iphan sustentam não haver irregularidade na construção do edifício.
O processo por improbidade não é uma ação criminal, mas de direito civil. Entre as penas que podem ser impostas está o pagamento de multa, suspensão dos direitos políticos por até cinco anos e o ressarcimento do dano aos cofres públicos, quando for o caso.
Geddel está preso desde setembro de 2017, quando a PF (Polícia Federal) descobriu um apartamento ligado ao ex-ministro onde havia caixas e malas contendo aproximadamente R$ 51 milhões. Ele está detido no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Na semana passada, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça de Brasília, absolveu o ex-ministro da acusação de obstrução de Justiça.
Neste processo, Geddel respondia por supostas tentativas de atrapalhar as investigações de outro caso, que apura um esquema de cobrança de propina em troca de liberação de empréstimos da Caixa Econômica Federal a empresários.
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