Acordo de delação de Palocci prevê redução de até dois terços da pena
O acordo de delação premiada feito pelo ex-ministro Antonio Palocci, tornado público nesta segunda-feira (1º) após decisão do juiz federal Sergio Moro, prevê a redução de sua pena em até dois terços nos processos que correm na Justiça Federal do Paraná.
Palocci é réu por corrupção e lavagem de dinheiro no processo da Operação Lava Jato sobre o suposto pagamento de propina pela Odebrecht por meio da compra de um terreno para o Instituto Lula, que cuida do acervo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e de um apartamento que era usado por Lula em São Bernardo do Campo (SP).
Leia a íntegra dos documentos assinados por Palocci no acordo de delação:
No ano passado, o ex-ministro foi condenado em primeira instância em outro processo da Lava Jato, e recebeu pena de 12 anos, dois meses e 20 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Neste caso, o juiz Moro considerou Palocci culpado de ter recebido propinas da Odebrecht ligadas à contratação de navios-sonda pela Petrobras. O processo ainda não foi julgado em segunda instância.
O acordo foi fechado por Palocci e a Polícia Federal em março, e também previa o pagamento de R$ 37,5 milhões em indenização. No entanto, na homologação do acordo, o desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), determinou a exclusão da cláusula com o valor por considerar "inviável" dar um limite à indenização.
Segundo Gebran, serão bloqueados nos processos que correm no TRF-4 "tantos bens e valores quantos necessários para atender ao montante mínimo de reparação de danos da vítima" -- no caso, a Petrobras.
Palocci cumpre prisão preventiva desde setembro de 2016.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.