Uma semana após nomeação, chefe de órgão de comércio exterior renuncia
Uma semana depois de ser nomeado como presidente da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), o gestor público Alecxandro Pinho Carreiro -- mais conhecido como Alex Carreiro -- renunciou ao cargo. A informação foi divulgada na noite desta quarta-feira (9) pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, por meio do Twitter.
Araújo não esclareceu o motivo da saída de Carreiro, que é filiado ao PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro. O ministro disse ter levado a Bolsonaro o nome do diplomata Mario Vilalva, "com ampla experiência em promoção de exportações" para o comando da Apex, que é vinculada ao Itamaraty.
De acordo com o currículo disponível no site da agência, Carreiro é formado em comunicação social e trabalhou na Secretaria Nacional dos Portos. Ele também "trabalhou no segmento de consultoria estratégica, tanto no âmbito do Legislativo, quanto no Executivo, sendo responsável pelo desenvolvimento, análise e acompanhamento de estratégias para o setor produtivo nacional."
Vilalva, por sua vez, foi embaixador em países como Alemanha (2016-2018), Portugal (2010-2016) e Chile (2006-2010), e está no Itamaraty desde 1976, segundo informações disponíveis no site do Ministério das Relações Exteriores.
O diplomata também dirigiu o Departamento de Promoção Comercial do ministério, encarregado da promoção das exportações brasileiras e dos investimentos estrangeiros no Brasil, entre os anos de 2000 e 2006.
"Tanto no exterior quanto no Brasil, Mario Vilalva se especializou na chamada 'diplomacia econômica'. Difundiu o Brasil e suas oportunidades comerciais em todas as áreas geográficas do mundo, com particular ênfase na América Latina e na Europa", diz a biografia de Vilalva no site do Itamaraty.
Segundo descrição publicada no site da própria Apex, a agência "atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira".
Ainda em dezembro, durante a transição de governo, a revista Piauí noticiou que a Apex foi assunto de disputa entre o chanceler Araújo e o ministro da Economia, Paulo Guedes. O orçamento previsto para a agência este ano é de R$ 795,6 milhões.
A agência foi integrada ao Itamaraty durante o governo de Michel Temer. Nos governos do PT, estava vinculada ao agora extinto ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
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