Nomeado por Dilma, Villas Bôas é convidado para seguir no governo e aceita
Nomeado pela ex-presidente Dilma Rousseff para o comando do Exército Brasileiro, o general Eduardo Villas Bôas anunciou na noite desta sexta-feira (11) em sua conta no Twitter que aceitou um convite do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para permanecer no governo.
O general, que se despediu do Exército nesta manhã ao transmitir o cargo de comandante ao general Leal Pujol, anunciou que irá trabalhar no GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Na nova função, ele disse que irá "continuar contribuindo para o desenvolvimento da nossa pátria".
Neste sábado (12), Bolsonaro disse, por meio do Twitter, ser uma satisfação contar com o general em seu governo.
Mais cedo, ao deixar o cargo de comandante do Exército, Villas Bôas fez um forte discurso político no qual afirmou que Bolsonaro "tirou o país da amarra ideológica que sequestrou o livre pensar".
"O senhor traz a necessária renovação e a liberação das amarras ideológicas que sequestraram o livre pensar e nublaram o discernimento e induziram a um pensamento único e nefasto como assinala o jornalista americano Walter Lippmann: 'Quando todos pensam da mesma maneira é porque ninguém está pensando'", discursou o militar.
Polêmicas
Villas Bôas já provocou polêmicas por afirmar, em abril do ano passado, às vésperas do julgamento de um habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que repudiava a "impunidade" e que o Exército se encontrava "atento às suas missões institucionais".
Apesar de o general não citar Lula, ela foi interpretada como uma possível ameaça à democracia. No dia seguinte à declaração de Villas Bôas, o então presidente Michel Temer (MDB) afirmou defender a liberdade de expressão e que desviar-se da Constituição é o que mais prejudica o país.
Dias depois, ao participar de um evento militar ao lado de Temer, Villas Bôas afirmou que a "banalização da corrupção" constituía uma ameaça à democracia. O ex-presidente era então investigado em um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) por suposta corrupção no decreto que beneficiou o setor portuário.
Já em novembro do ano passado, o militar disse ver com preocupação o risco de politização dos quartéis com a eleição de Bolsonaro. "A imagem dele como militar vem de fora. Ele é muito mais um político. Estamos tratando com muito cuidado essa interpretação de que a eleição dele representa uma volta dos militares ao poder. Absolutamente não é", disse.
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