Em clima de torcida, deputados tomam posse na Câmara
Os 513 deputados eleitos em outubro tomaram posse na manhã desta sexta-feira (1), na Câmara. Membros do partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL) aplaudiram seus pares, enquanto petistas gritavam "Lula Livre". Ao ser chamado nominalmente, o agora deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) foi vaiado no plenário.
A Câmara conta com uma renovação de 52% das 513 cadeiras e traz novidades como a ascensão do PSL, cujos candidatos surfaram na popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para garantir o mandato.
Durante a chamada nominal dos candidatos, petistas gritavam "Lula Livre", membros do PSL entoavam o lema de campanha de Bolsonaro "Brasil acima de tudo".
Os novos deputados iniciaram a sessão com um juramento. Na abertura da cerimônia, Maia informou que a mesa recebeu o comunicado da renúncia do deputado eleito Jean Wyllys (PSOL-RJ), que será substituído pelo suplente David Miranda. Ele também pediu um minuto de silêncio pela morte do deputado eleito Wagner Montes (PRB).
Parlamentares estreantes no Congresso acompanhar a sessão de posse com atenção. Vinicius Poit (Novo-SP) afirmou que trabalhará para reduzir os gastos públicos e aprovar as reformas para recuperar a economia. "A política pode ser feita da maneira correta. A Câmara passou por forte renovação é isso fará toda a diferença", disse o parlamentar.
Também estreante, Eduardo Costa (PTB-PA) diz que quer ter participação efetiva no debate de reformas. Ele conta que pediu para ser titular da comissão de Seguridade Social. "Queremos discutir o que é melhor para o país. Precisamos gerar emprego e renda. Mas sem que diretos sejam perdidos", afirmou.
Este é o primeiro ato da nova Casa. À tarde, inicia o prazo para inscrição de candidaturas e formação de blocos parlamentares. A eleição da Casa acontecerá às 18h.
O atual presidente da Câmara, que tenta o terceiro mandato consecutivo, Rodrigo Maia (DEM-RJ), construiu uma aliança com 13 partidos e espera conseguir mais de 300 votos para permanecer no cargo.
Maia afirmou que quem irá conduzir o tempo da reforma da Previdência é a Câmara. "O governo vai mandar o projeto. Se não envolver todos os Estados, todos os partidos e prefeitos, teremos dificuldade de aprovar", disse.
Maia defendeu o diálogo para se chegar a um consenso para a reforma. "Isso não é um tema de um governo. É tema do Estado brasileiro e é o Estado como um todo." A solução a ser encontrada, disse, tem de ser obtida "sem ideologia".
Eleição para o comando da Casa
"Eu trabalhei para ser eleito presidente da Câmara. Não importa se em primeiro ou segundo turno", disse Maia ao UOL, antes da sessão.
Além de Maia, outros seis nomes disputam a presidência. São eles: Fábio Ramalho (MDB-MG), Marcelo Freixo (PSOL-RJ), JHC (PSB-AL), Marcel Van Hatten(Novo-RS), Ricardo Barros (PP-PR) e General Petterneli (PSL-SP).
Os novos comandantes do Legislativo ficarão no cargo pelos próximos dois anos. O poder de comandar o Parlamento também implica em decidir quais pautas são votadas e quando serão votadas.
Três ministros voltam ao Congresso
O presidente Jair Bolsonaro exonerou três ministros, que também são deputados federais, para que eles participem da eleição para escolha da nova presidência da Câmara, que será realizada nesta sexta-feira (1º). A nova legislatura, com deputados federais eleitos no último pleito, começa hoje.
De acordo com a edição desta sexta do DOU (Diário Oficial da União), foram exonerados os ministros Onyx Lorenzoni (DEM-RS), da Casa Civil, Tereza Cristina (DEM-MS), da Agricultura, e Osmar Terra (MDB-RS), da Cidadania. Os três foram reeleitos para um novo mandato na Câmara na eleição de 7 de outubro do ano passado. Eles devem ser reconduzidos a seus ministérios após a eleição. (*Com informações do Estadão Conteúdo)
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