Alheio à "guerra" do Senado, Flávio Bolsonaro tem dia de coadjuvante
No primeiro grande teste da atual legislatura, o senador mais votado do Rio de Janeiro e filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), teve uma estreia discreta em Brasília.
Na mira do Ministério Público fluminense devido a movimentações financeiras atípicas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, o parlamentar foi um mero coadjuvante na cerimônia de posse e no início da eleição para a Presidência do Senado, nesta sexta-feira (1º).
Sua voz foi ouvida apenas no momento do juramento, quando cada congressista é chamado para repetir a expressão "assim o prometo".
Flávio foi cotado para ocupar a liderança do PSL no Senado, mas acabou marcado pelo caso Queiroz e perdeu protagonismo para o colega de bancada Major Olímpio (PSL-SP). O paulista, inclusive, lançou-se candidato à chefia do Senado e foi o escolhido para encaminhar a posição dos pesselistas em favor da votação aberta na eleição no Senado.
Durante a sessão desta sexta, Flávio passou boa parte do tempo sentado em sua posição ou conversando pelo celular. Também tirou dezenas de selfies com funcionários do Senado e assessores que transitavam pelo plenário. Em alguns momentos, reuniu-se com correligionários para conversas de bastidor.
A presença discreta em sua estreia no Senado contrasta com a força política exercida por Flávio antes do caso Queiroz. Eleito com mais de quatro milhões de votos, ele tornou-se um quadro relevante da política fluminense e foi capaz de influenciar a eleição para o governo do estado. Seu apoio a Wilson Witzel (PSC), um desconhecido até semanas antes do primeiro turno, foi fundamental para o resultado nas urnas.
Nem a confusão criada em torno da votação para a Presidência do Senado, que resultou na suspensão dos trabalhos --a sessão será retomada neste sábado (2), às 11h-- foi suficiente para fazer com que Flávio pedisse a palavra. Enquanto isso, outros estreantes na Casa, como o jornalista Jorge Kajuru (PSB-GO), abusaram do microfone.
Foi do lado de fora do plenário que Flávio mais falou em seu primeiro dia como senador.
Após ser empossado, o parlamentar negou que tenha procurado o STF (Supremo Tribunal Federal) em busca de foro privilegiado para fugir da investigação do caso envolvendo o ex-assessor Fabrício Queiroz.
"Eu cumpri a legislação, cumpri a decisão do Supremo, que é a autoridade responsável por analisar caso a caso qual é o foro competente. Foi isso que eu quis pedir nessa reclamação. Não vim pedir foro privilegiado", disse ele, que nega ter cometido qualquer irregularidade.
O filho de Jair Bolsonaro é investigado por conta de depósitos feitos em suas contas. As informações detectadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) fazem parte de um procedimento que apura a possibilidade de funcionários da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) terem repassado parte de seus salários para deputados estaduais, cargo que Flávio ocupava no Rio.
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