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"Mentira absoluta": Carlos diz que Bebianno não falou com Bolsonaro

Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio e filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro - Sergio Lima 13.nov.2018 /AFP
Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio e filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro Imagem: Sergio Lima 13.nov.2018 /AFP

Gustavo Maia

Do UOL, em Brasília

13/02/2019 13h16Atualizada em 13/02/2019 22h02

Resumo da notícia

  • Gustavo Bebianno e Carlos Bolsonaro são desafetos desde a campanha eleitoral
  • Ontem, o ministro da Secretaria-Geral disse ter falado três vezes com o presidente Bolsonaro
  • Carlos o desmentiu no Twitter, dizendo que esteve "24 horas" ao lado do pai

O vereador Carlos Bolsonaro (PSL) usou o Twitter no começo da tarde de hoje para desmentir o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que ontem disse ter conversado três vezes com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) por telefone e negou ser pivô de uma crise no governo, em entrevista ao jornal "O Globo".

Carlos, que acompanhou o pai durante os 18 dias de internação no Hospital Albert Einsten, em São Paulo, afirmou que esteve ao lado de Bolsonaro durante as 24 horas do dia e classificou a fala do ministro como "mentira absoluta de Gustavo Bebbiano [sic]".

No tuíte, o parlamentar reproduziu um post do site "O Antagonista" que citou "O Globo":

Ontem à noite, Bebianno disse ter cancelado visita que faria hoje ao Pará a pedido de Bolsonaro. À tarde, ele cancelou duas agendas que teria no Palácio do Planalto, onde fica seu gabinete. Hoje, o secretário-geral não tem nenhum compromisso agendado.

O filho do presidente não detalhou o que motivaria a crise envolvendo Bebianno, que é seu desafeto desde a campanha eleitoral, quando o hoje ministro era presidente interino do PSL.

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Áudio de suposta conversa

Mais tarde, Carlos publicou um áudio que comprovaria que o pai não falou com Bebianno.

Ainda na noite de hoje, a conta de Jair Bolsonaro no Twitter compartilhou o post do filho com o áudio.

Ontem, o jornal "Folha de S.Paulo" revelou hoje que a Polícia Federal intimou a prestar depoimento uma candidata a deputada federal de Pernambuco usada como laranja pelo partido do presidente, hoje presidido pelo deputado federal Luciano Bivar (PE).

Reportagem de domingo  revelou que o grupo do atual presidente nacional da sigla PSL, criou uma candidata laranja no estado que recebeu do partido R$ 400 mil de dinheiro público na eleição de 2018.

Maria de Lourdes Paixão, 68, que oficialmente concorreu a deputada federal e teve apenas 274 votos, foi a terceira maior beneficiada com verba do PSL em todo o país, mais do que o próprio presidente Bolsonaro e a deputada Joice Hasselmann (SP), essa com 1,079 milhão de votos.

Hoje, a Folha revelou que Bebianno liberou R$ 250 mil de verba pública para a campanha de uma ex-assessora, que repassou parte do dinheiro para uma gráfica registrada em endereço de fachada -sem maquinário para impressões em massa.

Na ocasião, ele era responsável formal por autorizar repasses dos fundos partidário e eleitoral a candidatos da legenda.

No início da tarde de hoje, o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, foi questionado se Bolsonaro havia conversado com Bebianno e Bivar sobre os casos. Rêgo Barros disse não ter conversado com o presidente sobre o assunto, e por isso, não soube responder.

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