Após prisão de Moreira Franco, padrasto de sua mulher, Rodrigo Maia "some"
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) cancelou a agenda do dia após saber da prisão do ex-presidente Michel Temer e de seu sogro, o ex-ministro Moreira Franco, ambos do MDB.
No momento da prisão, Maia estava reunido com cerca de 15 parlamentares na residência oficial. Ele interrompeu o encontro e deixou a sala para fazer ligações particulares. Maia é casado com Patrícia Vasconcelos Maia, cujo padrasto é Moreira Franco.
Até às 14h20 de hoje, Maia não havia se pronunciado oficialmente.
Um dos líderes que estava na reunião contou ao UOL que Maia reagiu com 'serenidade' à informação das prisões. Enquanto ele fazia ligações, os líderes consideraram que por "solidariedade" deixariam o encontro e remarcariam para semana que vem.
"É um momento delicado e achamos melhor respeitar. Ele reagiu com serenidade à questão, mas sabemos como é impactante para a família, para a política, o governo", disse o congressista.
No momento em que ele se retirou da sala, os líderes fizeram uma leitura de que o cenário para reforma da Previdência fica mais árduo.
Estavam no encontro nomes como Elmar Nascimento (DEM-BA), Artur Lira (PP-AL), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Efraim Filho (DEM-PB), Silvio Costa Filho (PRB-PE), Pedro Fernandes (PTB-MA). O líder do MDB, Balei Rossi (SP), não participava do encontro.
Apesar do relato do encontro feito à reportagem, a assessoria de Maia negou que tenha acontecido a agenda com o deputado Silvio Costa Filho. A reunião estava marcada para às 10h30, segundo a agenda oficial.
A assessoria de imprensa de Maia informou que era "provável" que Maia não fosse à sessão da Câmara, marcada para às 14h de hoje (21).
Outros eventos que estavam na agenda "aconteceram normalmente", segundo a assessoria. Pela manhã constava que Maia receberia o Diretor de Cooperação Internacional da Fundação Konrad Adenauer, Doutor Gerhard Wahler.
Dificuldades na Previdência
A prisão de Temer foi um baque dentro do MDB. O partido emitiu nota criticando a decisão. Entre líderes da Câmara há entendimento de que o governo Bolsonaro, já fragilizado pela inabilidade junto ao Congresso, terá o desafio extra de garantir os votos do partido, que tem 34 deputados e é determinante para aprovar a PEC da Previdência - que precisa de 308 votos.
A liderança que estava na reunião relatou que a prisão de Temer preocupa Maia, pois teme que o desafio da Previdência fique ainda maior.
"Temer tinha tudo para aprovar a Previdência até os áudios da JBS. Agora, o Maia tinha um bom cenário que está se desfazendo pela descrédito do governo Bolsonaro junto à opinião pública, a dificuldade de articulação de Bolsonaro e esse tensionamento com o MDB", relatou.
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