Major Olímpio lamenta redução de pena de Lula; Joice critica recursos
O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), disse "lamentar" se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) for colocado em liberdade após progressão de pena. Ele pontuou que a avaliação técnica cabe à Justiça e ainda lembrou que há outros processos dos quais o petista é alvo.
Olímpio foi um dos políticos que repercutiram o julgamento do STJ (Superior Tribunal de Justiça) na tarde de hoje que reduziu para 8 anos, 10 meses e 20 dias a pena no caso do tríplex de Guarujá (SP).
"O cidadão Olímpio lamenta. Eu acredito que o tempo de cumprimento de pena devesse ser maior, mas aí é uma avaliação da Justiça", disse o parlamentar. "Outros processos estão em andamento e as penas certamente virão", afirmou.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que "a Justiça não se discute. Cumpre-se", mas que o ex-presidente tem outras penas a serem julgadas. "Pode reduzir quatro anos dessa, mas certamente ele terá outras penas e, no que depender do meu desejo, passará longos anos preso em Curitiba."
A líder do governo no Congresso, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), reclamou da quantidade de recursos utilizados pela defesa de Lula - o que chamou de "excesso de chicana", que prejudicaria a Justiça.
"Ele já não está condenado? Já não foi condenado? Já não foi referendada a pena em uma instância superior? [...] Até quando o Lula vai inventar recursos e mais recursos?", disse a parlamentar.
"Eu fico pensando qual é o cidadão comum que tem esse volume extraordinário de recursos que o ex-presidente Lula tem com a Justiça. E claro: assim como outros encrencados em crimes de corrupção, está todo mundo sonhando com a Justiça Eleitoral. Acho isso um desserviço para a Justiça brasileira."
Situação do ex-presidente
Lula também foi condenado no caso do sítio de Atibaia (SP), em primeira instância, a 12 anos e 11 meses de prisão. A condenação, no entanto, ainda não entrou na soma do tempo que ex-presidente precisa cumprir na cadeia. Ele está detido há um ano na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Advogados ouvidos pelo UOL dizem que, se o recurso apresentado à segunda instância pela defesa de Lula for julgado antes de setembro e o tribunal competente mantiver a condenação, as penas serão somadas e a ida para o semiaberto, adiada.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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