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Após centrão virar alvo, líder do DEM diz que Maia "implodiu" bloco

30.mai.2019 - Convenção Nacional do partido Democratas, em Brasília - Fátima Meira/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
30.mai.2019 - Convenção Nacional do partido Democratas, em Brasília Imagem: Fátima Meira/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

30/05/2019 12h32

O líder do DEM na Câmara, Elmar Nascimento, disse que o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), "implodiu" o centrão. As declarações acontecem após os protestos do último domingo (26), em que Maia foi atacado e o próprio centrão foram atacados. O centrão é o bloco informal formado por partidos como DEM, PP, PSD, PRB e Solidariedade.

"O Rodrigo implodiu aquele bloco (...) E exatamente Rodrigo que enfrentou o representante daquele aglomerado de pessoas que participavam de um processo de toma-lá-dá-cá, de fisiologismo puro e barato, que contaminava as relações políticas", disse Elmar Nascimento em referência ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ), hoje preso.

Elmar disse o DEM foi um dos principais partidos que derrubaram a presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. Segundo o líder, durante a transição com Michel Temer (MDB), Maia foi chamado para ser líder do governo, mas foi impedido por Eduardo Cunha.

O partido tenta se desvincular da pecha de membro do centrão. Durante os protestos de domingo, manifestantes no Rio de Janeiro inflaram um boneco de Maia com um saco de dinheiro nas mãos. Havia faixas com os nomes "Odebrecht" e "Botafogo", em referência às investigações da Lava Jato sobre pagamentos de propina da construtora para o parlamentar carioca.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), ganhou um boneco inflável e foi alvo de críticas - Pauline Almeida/UOL - Pauline Almeida/UOL
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), ganhou um boneco inflável e foi alvo de críticas
Imagem: Pauline Almeida/UOL

No início da semana, Maia disse que as manifestações são legítimas e que as ruas dão "um recado" aos políticos, que cabe a cada um entender.

As declarações aconteceram durante a convenção nacional do partido, em Brasília. O encontro juntou as principais lideranças da sigla. O partido tem o maior número de representantes no governo Bolsonaro. São três ministros: Onyx Lorenzoni (Cada Civil), Tereza Cristina (Agricultura), Mandetta (Saúde).