Tales: Ideia de marxismo cultural não faz sucesso no Congresso

Usado pela ala mais ideológica do bolsonarismo, o termo marxismo cultural é lembrado sempre que se acusa a esquerda de ter aparelhado a cultura brasileira. De acordo com o escritor Olavo de Carvalho, guru do presidente, somente agora o conservadorismo está ganhando projeção no setor.

Contribui com esse cenário a nomeação de diversos seguidores do escritor para importantes cargos ligados ao incentivo de políticas públicas na área, como o maestro Dante Mantovani para a presidência da Funarte (Fundação Nacional de Artes) e Rafael Nogueira para a Biblioteca Nacional. No 24ª episódio do Baixo Clero, podcast de política do UOL, o blogueiro Tales Faria conta como isso é visto em Brasília.

"Essa história de fantasma do marxismo cultural não faz o menor sucesso no Congresso. Na verdade, as ideias do bolsonarismo não fazem muito sucesso por lá. Mas tem uma brecha por onde os aliados de Olavo de Carvalho e companhia pretendem ganhar espaço na política. É a bancada evangélica, essa sim forte no Congresso e nas urnas em períodos eleitorais", avaliou.

Tales lembrou ainda que a TV Escola, ligada ao MEC (Ministério da Educação), iniciou a exibição de uma série sobre a história do Brasil com uma visão conservadora, trazendo entrevistas com o próprio Olavo de Carvalho e religiosos. A série foi realizada pela produtora Brasil Paralelo, que mantém um canal no YouTube. "Era por esse canal que o deputado Eduardo Bolsonaro estudava história para a sabatina que teria no Senado, caso fosse indicado à embaixada dos EUA", disse.

Onde mais ouvir

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