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"É duro ser presidente do Brasil", reclama Jair Bolsonaro

Presidente Jair Bolsonaro deixa o Palácio da Alvorada -
Presidente Jair Bolsonaro deixa o Palácio da Alvorada

Do UOL, em São Paulo

19/12/2019 20h32

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), reclamou de liminar concedida por um juiz da 1ª Vara Cível do Distrito Federal, que determinou o prazo de 72 horas para o retorno da fiscalização por meio de radares móveis nas rodovias federais.

"É duro ser presidente do Brasil. Pelo amor de Deus... Um juiz de primeira instância quer que se multe o povo", reclamou ele, durante transmissão ao vivo, realizada nas redes sociais. "Então, o que acontece? Já falei com a Polícia Rodoviária Federal para voltar com os radares móveis, mas de forma educativa, com fotografias. Não vai ter grana (...) Ô, pessoal, vamos ajudar o povo brasileiro. Eu faço um apelo a essa senhora (sic): 'Tenha bom senso'. Um dia a gente ganha essa guerra", completou em seguida

O presidente garantiu que a Advocacia-Geral da União (AGU) irá recorrer da decisão judicial.

Ainda durante a transmissão, Bolsonaro falou sobre a possibilidade do fim da exigência de vistos para turistas da China e Índia. No início do ano, o Brasil já havia derrubado a exigência para Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão.

"Eu estarei na Índia em janeiro. Quem sabe eu não anuncie isso lá", disse ele.

Bolsonaro também comemorou um parecer em que permite cerca de 220 mil agricultores voltar a produzir em suas respectivas áreas próximas à região da Mata Atlântica.

Presidente mantém silêncio sobre filho

O presidente não comentou, em momento nenhum, as investigações sobre o filho, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ).

Ontem, policiais apreenderam documentos e mídias na loja de chocolates do primogênito do presidente, e endereços vinculados ao ex-assessor dele Fabrício Queiroz.

Parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente da República também foram alvo das buscas, ordenadas pela Justiça do Rio.

A suspeita é que Flávio Bolsonaro e Queiroz comandem um esquema de desvio de dinheiro a partir da "rachadinha" de salários de funcionários do gabinete do ex-deputado estadual pela Alerj.