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"Foi ano para Lava Jato mostrar resiliência e se superar", diz Dallagnol

O procurador  Deltan Dallagnol em solenidade de outorga de Comendas da Ordem do Mérito do Ministério Público Militar - Pedro Ladeira/Folhapress
O procurador Deltan Dallagnol em solenidade de outorga de Comendas da Ordem do Mérito do Ministério Público Militar Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

25/12/2019 19h21

O procurador de República Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal) no Paraná, disse hoje que 2019 foi um ano para a equipe da força-tarefa "mostrar resiliência e superação" diante de alguns "retrocessos".

"Esse foi um ano que a equipe da Lava Jato teve a oportunidade de mostrar resiliência, perseverança e também se superar. Tivemos o maior número de acusações já feitas pela operação. Foram 29 acusações apenas em 2019, nosso recorde era de 21. Tivemos o maior valor recuperado aos cofres públicos com mais R$ 1 bilhão. Podemos destacar muitos aspectos, mas mostramos resiliência e continuamos fazendo nosso trabalho mesmo diante das dificuldades", disse o procurador, em entrevista à rádio Jovem Pan, transmitida no fim da tarde de hoje.

Dallagnol listou alguns retrocessos enfrentados ao longo do ano.

"O fim da prisão após condenação em segunda instância foi, sem dúvida, o pior dos retrocessos, mas também tivemos as decisões do Supremos que determinaram a remessa para a Justiça Eleitoral de crimes que envolvam corrupção, a lei de abuso de autoridade, o esvaziamento do projeto anticrime do ministro Sergio Moro, além de outra decisão do Supremo sobre réus delatados e delatores e a suspensão por cinco meses das investigações envolvendo o Coaf e a Receita Federal", afirmou.

"Precisamos ser realistas, vai ser ainda mais difícil nos próximos anos devido a essas decisões. Nós, brasileiros e servidores públicos, não podemos desistir e devemos perseverar se queremos vencer esse mal da corrupção", completou.