Para Ministério da Saúde, idade de Bolsonaro não recomenda ida a 'festinha'
Técnicos do Ministério da Saúde afirmaram hoje que não é recomendado a idosos com mais de 65 anos a participação em eventos como festas de família, mesmo que com poucas pessoas.
Na manhã de hoje, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que organizaria uma "festinha tradicional" para comemorar seu aniversário. O presidente completa 65 anos neste sábado (21).
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, não é recomendável a pessoas com mais de 65 se exporem a aglomerações, mesmo que familiares.
Pacientes dessa faixa etária tem apresentado mais complicações de saúde quando infectados pelo novo coronavírus.
"Se alguma família pretende fazer uma festa de aniversário, 10 pessoas, 8 pessoas, não estamos fazendo nenhum tipo de cerceamento a esse tipo de atividade, mas tem uma recomendação adicional", disse Gabbardo.
"Se na família tiver uma pessoa idosa com mais de 65 anos, nós recomendaríamos que não participasse da festinha de aniversário. Essas pessoas devem se manter distante dessa aglomeração familiar", ele disse.
Outra recomendação do secretário é a de que pessoas com sintomas de gripe não participem desse tipo de reunião familiar, independentemente de sua idade ou da dos outros participantes, como forma de evitar a propagação do vírus.
O secretário disse fazer a recomendação sem se referir especificamente às declarações do presidente Bolsonaro. Gabbardo disse que o Ministério da Saúde não iria comentar atos individuais e apenas faria recomendações gerais sobre a prevenção ao vírus no país.
"Eu gostaria que esse tipo de pergunta fosse sempre encaminhada não de forma pessoal. Se alguém quiser saber se a gente tem alguma recomendação diferente para que uma família faça uma festa de aniversário, nós vamos responder com a maior tranquilidade", disse Gabbardo.
O secretário-executivo da Saúde fez a recomendação durante entrevista coletiva a jornalistas hoje, na sede do Ministério, em Brasília, ao ser perguntado sobre as declarações do presidente Bolsonaro.
Na quinta-feira (12), o presidente Bolsonaro fez o teste para o coronavírus após integrantes da comitiva presidencial que foi aos Estados Unidos terem a infecção confirmada. Bolsonaro divulgou que o resultado do primeiro teste deu negativo.
Mas seguindo o protocolo da Operação Regresso (que trouxe 34 brasileiros que estavam em Wuhan, na China), Bolsonaro deve realizar outras duas análises. O segundo teste foi realizado hoje e o resultado deve ser conhecido amanhã.
O presidente foi criticado por ter estimulado a realização de manifestações no domingo (15) e por ter cumprimentado pessoalmente manifestantes que se juntaram na porta do Palácio do Planalto.
O Ministério da Saúde tem recomendado evitar aglomerações como forma de reduzir a propagação do novo vírus.
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