Doria diz que não fará política em velórios e cobra ação do governo federal
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje que não vai "fazer política em velórios" durante a pandemia de coronavírus e que a hora é de esquecer conflitos ideológicos. O político tucano usou sua conta oficial no Twitter para retribuir um elogio do ex-presidente Lula às ações dos governadores no combate à covid-19.
Doria negou que tome ações por conveniência e afirmou que o vírus não escolhe "bolsonaristas" ou "petistas".
"Não pauto minhas ações por conveniência, mas por convicção. A morte não escolhe bolsonarista ou petista. Não esperem de mim que faça política em velórios", disse em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. "A hora não é de dividir, não é de politizar, de fazer ideologias, de partidarizar, muito menos odiar. A hora é de somar, cuidar e salvar. Esta é a índole que todas as pessoas têm que ter. Esqueçam ideologia, brigas do passado, conflitos do presente, concentrem suas forças, orações, sua palavra solidária para ajudar as pessoas, salvar."
Doria também disse que sete governadores das regiões Sul e Sudeste se reuniram hoje e fizeram uma carta que será enviada para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para pedir ações do governo federal para ajuda aos estados.
"Nesses sete estados está 71% da economia brasileira. Esses sete estados são os que estão mais sofrendo com covid-19. Nesses estados estão, infelizmente, o maior número de óbitos. Nesses sete estados teremos o maior número de infectados. É importante que o governo federal tenha um olhar proporcional e correto aos estados do Sul e Sudeste e para todos os brasileiros. É aqui, no Sul e no Sudeste, que temos o maior problema", disse o governador de São Paulo.
Entre os pedidos feitos pelos governadores estão:
- A recomposição de perdas de outras receitas além do FPE e FPM, notadamente o ICMS, royalties e participações especiais da atividade de óleo e gás, queda da safra entre outros fatores;- Inclusão do financiamento às empresas para os pagamentos de impostos entre as alternativas a serem oferecidas pela rede bancária;
- Aprovação de emenda com prorrogação do prazo final de quitação de precatórios e suspensão do pagamento pecuniário dos estados por 12 meses;
- Suspensão dos pagamentos da dívida com a União por 12 meses;
- Suspensão dos pagamentos mensais do Pasep, ou sua quitação por meio do gasto local por meio de ações de saúde e assistência social;
- Aprovação pelo Congresso Nacional do PLP 149, o Plano Mansueto, na forma de substitutivo, apresentado pelo deputado Pedro Paulo, do Rio de Janeiro.
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