Doria se solidariza com Maia e diz que democracia e STF estão sob ataque
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), saiu hoje em defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e disse que atacar o Legislativo é agredir o processo democrático. Ontem, o parlamentar foi criticado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"Rechaçamos os ataques que têm sido desferidos contra o Congresso Nacional e, muito especificamente, contra o presidente da Câmara Federal, o deputado Rodrigo Maia. Quem agride a Câmara, agride a democracia. Quem agride o Legislativo, não respeita o processo democrático. Também transmito solidariedade ao poder Judiciário, em especial ao Supremo Tribunal Federal e seus membros, também injustamente atacados. Quem ataca o Judiciário, não respeita a democracia. O governo de São Paulo transmite, ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional, sua irrestrita solidariedade. Viva à democracia, vamos defendê-la", disse o político tucano.
Ontem, Bolsonaro disse à CNN que Rodrigo Maia conduz o Brasil "ao caos" e está "enfiando a faca no governo federal".
"Eu lamento a posição do Rodrigo Maia, que resolveu assumir o papel do Executivo. Eu respeito ele, mas ele tem que me respeitar. Lamento a postura que ele vem tomando. Mas o sentimento que eu tenho é que ele não quer amenizar os problemas. Ele quer atacar o governo federal, enfiando a faca no governo federal. Parece que a intenção é me tirar do governo. Paulo Guedes não tem mais contato com Maia", disse o presidente em entrevista para a CNN.
Até a crise da covid-19, o presidente da Câmara dos Deputados era o alvo principal de Bolsonaro, que inclusive incentivou manifestações em 15 de março em que a principal bandeira foi "fora Maia". Faixas com esta frases foram colocadas em frente ao Congresso Nacional e nos caminhões de som pessoas discursavam afirmando que o presidente da Câmara tentava implantar uma espécie de parlamentarismo no Brasil.
Na crise provocada pelo coronavírus, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também entrou para a lista de desafetos de Bolsonaro. Hoje, a Folha de S.Paulo publicou que o presidente teria afirmado a parlamentares que a dupla estaria aliada e juntamente com setores do STF (Supremo Tribunal Federal) estariam planejando um golpe. Mas nenhuma informação do suposto plano foi apresentada.
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