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Ministro do TCU sugere ação bilionária contra defensores de atos pró-golpe

13.fev.2020 - O ministro do TCU Bruno Dantas durante entrevista no estúdio Folha/UOL - Everton Soares/UOL
13.fev.2020 - O ministro do TCU Bruno Dantas durante entrevista no estúdio Folha/UOL Imagem: Everton Soares/UOL

Do UOL, em São Paulo

21/04/2020 18h38

O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, utilizou suas redes sociais para criticar os atos antidemocráticos que tomaram o país no último fim de semana. No sábado e no domingo, pelo menos três capitais registraram manifestações contra o isolamento social e favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao que os manifestantes chamam de "intervenção militar".

"Vai ser bonito de se ver os patrocinadores de atos que pregam a ruptura da democracia atrás das grades. Já dou uma ideia ao MPF: uma ação civil pública bilionária exigindo reparação de dano moral coletivo, com pedido cautelar de indisponibilidade de bens", escreveu Dantas em sua conta no Twitter.

São Paulo registrou duas manifestações semelhantes em menos e 24 horas. No domingo (19), a carreata a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tinha entre outras bandeiras um golpe militar, críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), reuniu milhares de pessoas na paulista.

Na concentração da carreata na capital paulista, que começou ao meio-dia em frente ao comando da 2ª Região Militar e à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), próximo ao Parque do Ibirapuera, ouvia-se gritos como "Militares, venham conosco, precisamos de vocês".

Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro participou do ato e discursou para manifestantes. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e governadores como João Doria (PSDB) e WIlson Witzel (PSC) repudiaram a participação de Bolsonaro no ato.

Hoje, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a abertura de inquérito para investigar as manifestações pró-golpe. O pedido de investigação foi feito ontem (20) pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. O PGR pediu apuração para saber se houve violação da Lei de Segurança Nacional nas manifestações.