Freixo entra com ação no STF para Congresso ter acesso a vídeo de reunião
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disse ter entrado com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) e requerimento na Câmara pedindo para que o Congresso Nacional tenha acesso ao vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril.
"Estou entrando com ação no STF e requerimento na Câmara para que o Congresso tenha acesso ao conteúdo da gravação da reunião de ministros em que Bolsonaro admite que quer interferir na PF para proteger familiares. É crime de responsabilidade", escreveu ele, nas redes sociais.
"É papel do Poder Legislativo fiscalizar atos do Executivo. Por isso acionei o STF para que o Congresso receba imediatamente cópia da gravação da reunião ministerial em que Bolsonaro admite interferência na PF para proteger seus familiares e amigos", justificou.
O também deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ) foi outro a ingressar com petição no STF para que se dê publicidade ao vídeo na íntegra. "O Brasil precisa conhecer a verdade", afirmou Calero por meio de nota.
A reunião de 22 de abril foi citada por Moro em depoimento, porque o ex-ministro disse que, nela, o presidente Bolsonaro ameaçou demiti-lo por causa da resistência à troca no comando da Polícia Federal. O vídeo foi entregue pelo Planalto após pedido do STF.
De acordo com pessoas que viram o vídeo da reunião no Instituto Nacional de Criminalística da PF, no Setor Policial Sul, em Brasília, Bolsonaro associou sua própria família quando defendeu a troca na Polícia Federal no Rio de Janeiro. O vídeo do encontro foi exibido a investigadores e advogados hoje.
Segundo as fontes, o presidente citou suposta perseguição à sua família durante o vídeo. De acordo com os presentes, os trechos sobre os outros temas são "constrangedores" por termos utilizados pelo presidente e deverão gerar "muita repercussão política", se vierem a público. Este seria o motivo do governo tentar no STF (Supremo Tribunal Federal) que o material não venha a público.
Também foram confirmadas a ameaça de demissão do ex-ministro Sergio Moro e do ex-diretor da PF, Maurício Valeixo, pelo presidente.
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