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Senador teme aumento do trabalho escravo durante pandemia

Quatro elementos podem definir o trabalho escravo contemporâneo: trabalho forçado, servidão por dívida, condições degradantes e jornada exaustiva - Sérgio Carvalho/Ministério do Trabalho
Quatro elementos podem definir o trabalho escravo contemporâneo: trabalho forçado, servidão por dívida, condições degradantes e jornada exaustiva Imagem: Sérgio Carvalho/Ministério do Trabalho

Do UOL, em São Paulo

13/05/2020 11h48Atualizada em 13/05/2020 15h46

O senador Paulo Paim (PT) acredita que a pandemia do coronavírus pode fortalecer o uso de mão de obra escravizada no Brasil.

"Infelizmente, o trabalho escravo é uma realidade no Brasil e com a pandemia a tendência é aumentar o trabalho escravo. No desespero, na fome, na miséria, pessoas vão se sujeitar a qualquer tipo de atividade e aí aumenta a exploração", disse em entrevista à Agência Senado.

Paim, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), também criticou a falta de trabalhadores fiscais do trabalho, que fiscalizam fazendas e comércios em todo o país.

A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho informou no ano passado que apenas 2.154 auditores fiscais do trabalho estavam em atividade.

Em todo o ano de 2019, também segundo dados da Secretaria, apenas 1.054 pessoas foram resgatadas de situações análogas à escravidão.

Hoje, o Brasil celebra 132 anos da assinatura da Lei Áurea, que aboliu oficialmente a escravidão no país.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado no último parágrafo do texto, o Brasil celebra hoje 132 anos da assinatura da Lei Áurea, e não 131 anos. A informação foi corrigida.