Bolsonaro leva ministros a protesto contra isolamento e STF: "É democracia"
Com a maior parte do país em quarentena por causa da pandemia do coronavírus, um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) organizou uma manifestação na manhã de hoje (17) em frente ao Palácio do Planalto. O ato, a favor do governo, também tinha pautas contra o distanciamento social e os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
A manifestação contou com a presença do presidente e diversos ministros. Estiveram presentes André Mendonça (Justiça e Segurança Pública), Augusto Heleno (GSI), Bento Albuquerque (MInas e Energia), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Tereza Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Cidadania).
Um dos principais ministros do governo, Paulo Guedes (Economia) não apareceu.
Também acompanharam o presidente seus filhos Carlos e Eduardo Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e deputado federal, respectivamente.
Em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro parabenizou os manifestantes por não levarem faixas ou bandeiras que atentassem contra a Constituição. Em atos anteriores, era comum ver faixas a favor do fechamento do Congresso Nacional e do STF.
"Existe política com participação espontânea popular, isso não tem preço. (...) Uma manifestação pura da democracia, estou muito honrado com isso", afirmou. "Tenho certeza de que movimentos como esse fortalecem o nosso Brasil."
Bolsonaro saiu do Palácio da Alvorada às 11h40 acompanhado dos ministros Ramos e Heleno. No local, falou brevemente com apoiadores e repreendeu Ramos quando este falava com a imprensa.
Em seguida, voltou ao carro oficial e seguiu para o Palácio do Planalto, onde o presidente trabalha, para acompanhar o ato em sua defesa.
Bolsonaro apareceu na rampa do Planalto por volta das 12h12 junto a ministros, assessores e seguranças agradecendo a presença dos apoiadores. Em determinado momento, chegou a reverenciá-los em gesto.
Do alto da rampa, o presidente segurou uma bandeira do Brasil e acenou aos presentes levantando as mãos de alguns ministros. Em resposta, o público começou a cantar o hino nacional.
Faixas com os escritos "nossa bandeira jamais será vermelha", "deixe Bolsonaro governar", "fechados com Bolsonaro" e "hidroxicloroquina já" foram levadas pelos apoiadores. Havia também uma bandeira do Brasil imperial e um caixão marrom.
Uma mulher carregava em um único mastro as bandeiras do Brasil, de Israel e dos Estados Unidos. Ela recebeu permissão para subir a rampa e cumprimentar Bolsonaro.
Os manifestantes gritaram "cloroquina" e "queremos trabalhar". Assim como Bolsonaro, eles são contra o isolamento social mais amplo, recomendado por médicos e pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para que se evite a transmissão do coronavírus.
A segurança e efetividade da cloroquina no tratamento de pacientes com a covid-19, doença causada pelo coronavírus, ainda não foram comprovadas em estudos.
Às 12h35, Bolsonaro desceu a rampa para cumprimentar os presentes. Ao contrário de outras vezes, estava de máscara e evitou pegar nas mãos e nos celulares das pessoas, embora tenha pegado uma criança no colo. Por onde passava, se formou uma grande aglomeração.
Ao retornar para o salão nobre dentro do Planalto, Bolsonaro se negou a comentar as declarações de seu ex-aliado Paulo Marinho de que o filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) sabia com antecedência que a Operação Furna da Onça, que atingiu Fabrício Queiroz, seria deflagrada.
No início da tarde, Bolsonaro recebeu um grupo de paraquedistas no Alvorada. Os homens fizeram oração e flexões com o presidente, e entregaram uma camiseta em sua homenagem. Mais cedo, eles participaram do ato em frente ao Planalto.
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