Bolsonaro censura Ramos por fala com imprensa; seguidores cantam cloroquina
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixou o Palácio da Alvorada na manhã de hoje sem falar com a imprensa. Na saída, Bolsonaro parou rapidamente para atender apoiadores que estavam atrás da grade de proteção e repreendeu o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, por falar com jornalistas que aguardavam para fazer perguntas ao presidente.
Ao cumprimentar jornalistas, de bom humor, Ramos comentou sobre o corte de cabelo de um repórter no local. Quando percebeu que o general estava conversando com a imprensa, Bolsonaro o repreendeu e disse que esta "deturpa" tudo.
Alguns apoiadores cantaram para o presidente uma versão adaptada da música "Florentina", famosa na voz do deputado federal Tiririca (PL), para falar da cloroquina, medicamento defendido por Bolsonaro para tratar pacientes infectados pelo coronavírus.
"Cloroquina, cloroquina, cloroquina lá do SUS, eu sei que tu me salvas em nome de Jesus", cantaram os apoiadores.
A segurança e efetividade da cloroquina no tratamento de pacientes com a covid-19, doença causada pelo coronavírus, ainda não foram comprovadas em estudos e médicos se dividem quanto à aplicação da substância.
Um homem aproveitou a presença do presidente para pedir ajuda aos músicos durante a pandemia ao afirmar que a categoria está sendo uma das mais afetadas. Em determinado momento, enquanto o homem falava, Bolsonaro pediu que se apressasse.
Após a breve parada, Bolsonaro voltou para o carro oficial e seguiu em direção ao Palácio do Planalto, de onde acompanhou uma manifestação a favor do governo.
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