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Ministros de Bolsonaro repudiam ataque ao STF com fogos de artifício

Jorge Oliveira, novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência - Antonio Cruz/ Agência Brasil
Jorge Oliveira, novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência Imagem: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Guilherme Mazieiro e Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

14/06/2020 18h46

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, condenou os ataques feitos ao STF (Supremo Tribunal Federal), na noite de ontem. Manifestantes lançaram fogos de artifícios em direção ao STF e em um vídeo é possível ouvir um homem xingando e ameaçando os ministros.

"Ataque ao STF ou a qualquer instituição de Estado é contrário à nossa democracia, prejudica nosso país, e deve ser repudiado. Atitudes e pensamentos individuais não são mais importantes que nossos ideais", escreveu em seu Twitter.

Sobre o caso, o Ministério Público Federal no Distrito Federal determinou neste domingo (14) a abertura de inquérito policial. A investigação ocorrerá sob sigilo e regime de urgência.

As declarações de Jorge aconteceram após reação dos ministros da corte. O presidente do STF, Dias Toffoli, afirmou que o tribunal "jamais se sujeitará" a "nenhum tipo de ameaça".

Os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso também condenaram os ataques. Moraes disse que "a lei será rigorosamente aplicada e a Justiça prevalecerá".

O ministro da Justiça, André Mendonça, foi outro integrante do primeiro escalão do governo Bolsonaro que comentou o protesto contra o STF.

Mendonça afirmou que as instituições devem receber críticas com "humildade" e que "todo poder emana do povo".

Em nota, divulgada após a reação dos ministros do Supremo ao ato contra o tribunal, Mendonça também pediu "respeito às instituições".

"A democracia pressupõe o respeito às suas instituições democráticas. Qualquer ação relacionada à Presidência da República, ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal ou qualquer instituição de Estado deve pautar-se por esse respeito", disse o ministro.

"Portanto, todos devemos fazer uma autocrítica. Não há espaço para vaidades. O momento é de união. O Brasil e seu povo devem estar em 1º lugar", afirmou Mendonça.