Justiça muda decisão e mantém prefeito de Itabuna (BA) no cargo
A Justiça da Bahia derrubou ontem a decisão anterior de extinguir o mandato do prefeito de Itabuna, Fernando Gomes Oliveira (PTC), e também retirou a suspensão de direitos políticos por três anos contados a partir de novembro de 2019.
A decisão que tirava Fernando da prefeitura foi determinada pela 1ª Vara da Fazenda Pública em dia 7 de agosto, atendendo pedido do Ministério Público do estado. Porém o político recorreu e foi atendido com efeito suspensivo pela desembargadora Rosita Falcão de Almeida Maia, do TJ-BA (Tribunal de Justiça do estado da Bahia).
Com isso, Fernando permanecerá no cargo até que novas informações sejam apresentadas dentro do recurso pela sua defesa.
Antes de recorrer, ele tinha até 15 dias para deixar o Poder Executivo da cidade do sul da Bahia e assim o seu vice, Fernando Vita (MDB), assumiria o posto.
O prefeito é suspeito de improbidade administrativa durante seu mandato.
Procurada, a defesa de Fernando Gomes alegou que entrou com recurso contra a decisão de suspensão dentro do prazo legal, mas que ele "não foi entregue o recurso especial no Tribunal de Justiça da Bahia".
O advogado Eudes Pinto disse ainda que o juiz da primeira instância executou a sentença mesmo com a discussão sobre de que não houve trânsito em julgado da decisão.
Sobre as investigações por improbidade administrativa, o advogado afirma que "a condenação do prefeito foi única e exclusivamente por contratação de dois servidores sem concurso". "Não houve apropriação de dinheiro ou dano ao erário, já que o serviço foi prestado", completou.
'Morra quem morrer'
Em julho, o prefeito viralizou ao dizer que faria a retomada da economia local com a abertura de estabelecimentos da cidade independentemente de quem morresse devido à covid-19.
"Primeiro, o cuidado pela vida. A vida é uma só. Morreu, acabou. Não tem fortuna, não tem pobreza, não tem falência, não tem nada. Mas eu não posso abrir uma coisa que eu não tenho cobertura. Então, com a dúvida, com os nossos morrendo por causa de um leito, em Itabuna, eu vou transferir essa abertura. Eu fechei no dia 8, mandei já fazer um decreto, que no dia 9 abre, morra quem morrer", afirmou em uma transmissão pelas redes sociais.
Posteriormente, a Prefeitura de Itabuna alegou que Fernando foi mal interpretado e que ele havia voltado atrás da decisão.
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