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Subprocuradora se defende de ataques de Witzel: 'Atuação pautada em provas'

Lindora Araújo, subprocuradora-geral da República -  Gil Ferreira/Agência CNJ
Lindora Araújo, subprocuradora-geral da República Imagem: Gil Ferreira/Agência CNJ

Do UOL, em São Paulo

28/08/2020 12h03Atualizada em 28/08/2020 12h38

A subprocuradora-geral da República Lindora Maria Araújo publicou uma nota se defendendo dos ataques que o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) lançou sobre ela na manhã de hoje.

Lindora afirmou que "sua atuação é pautada em provas e é sempre submetida à apreciação do Poder Judiciário".

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou hoje o afastamento imediato de Witzel do cargo de governador do Rio de Janeiro devido a suspeitas de fraude em compras na área da saúde durante a pandemia do coronavírus. A decisão do ministro Benedito Gonçalves tem validade inicial de 180 dias. Witzel também foi denunciado pela PGR (Procuradoria-geral da República).

Em pronunciamento, Witzel falou que havia um possível "uso político" na atuação do MPF (Ministério Público Federal).

"Lamentavelmente a decisão do sr. Benedito (Gonçalves, ministro do STJ responsável pela decisão), induzido pela procuradora na pessoa da dra. Lindora (Araújo, subprocuradora-geral da República), está se especializando em perseguir governadores e desestabilizar os estados com investigações rasas, buscas e apreensão preocupantes. Eu e outros governadores estamos sendo vítimas do possível uso político da instituição", disse o governador.

O governador afastado também desafiou a subprocuradora. "Eu quero que ela apresente um único e-mail, telefonema, prova testemunhal, pedaço de papel em que eu tenha pedido qualquer tipo de vantagem ilícita para mim", disse.

Em sua nota, Lindora Maria Araújo orientou o governador a manifestar e rebater seu descontentamento nos autos.

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