Ao chegar de Manaus, Pazuello prevê teste para covid e "quarentena"
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deve voltar do Amazonas hoje, depois de passar a semana na capital do estado, que enfrenta crise de infecções por causa do novo coronavírus e falta de oxigênio nos hospitais. Apesar de já ter tido covid-19, ele deve fazer teste para detectar a doença ao chegar a Brasília, apurou o UOL.
Pazuello pretende permanecer em teletrabalho despachando de sua residência, o Hotel de Trânsito do Exército, por pelo menos três dias, a depender do resultado dos exames que fará.
A precaução é porque integrantes da equipe do Ministério da Saúde contraíram covid-19 nas últimas semanas, inclusive durante trabalhos no Amazonas. Entre eles, estão os coronéis da cúpula da pasta.
O militar Luiz Franco Duarte, secretário de Atenção Especializada à Saúde, esteve no Amazonas nos últimos e contraiu a doença em período coincidente. "O estado de saúde do secretário Luiz Otávio Franco Duarte está em constante evolução, ele está se recuperando muito bem e esperamos um breve retorno dele às atividades no Ministério da Saúde", afirmou a assessoria da pasta ao UOL.
O coronel Nivaldo Moura, chefe do Centro de Operações de Emergência do Ministério, também foi ao estado por causa da crise do oxigênio. Agora, está se recuperando da covid em sua residência, em Fortaleza (CE).
Pazuello foi internado por coronavírus em 2020
Quando teve a doença, no ano passado, Pazuello chegou a ser internado. A covid-19 chegou a abalar o militar, de acordo com fontes que convivem com ele.
Agora, o ministro responde a um inquérito no Supremo Tribunal Federal que apura se ele tem responsabilidade na crise do oxigênio.
Interlocutores do general do Exército dizem que ele está encarando a situação com foco no trabalho. Um amigo chegou a dizer ao UOL que Pazuello sairá fortalecido ao final do inquérito. Na visão dele, ficará provado documentalmente que o ministro atuou da maneira correta e na velocidade necessária.
A Polícia Federal deve tomar o depoimento do ministro nos próximos dias.
Pazuello informou ao Ministério Público que sua pasta soube da falta de oxigênio em 8 de janeiro, por meio da empresa White Martins, fornecedora do produto. O governo federal iniciou a entrega de oxigênio em 12 de janeiro, segundo as informações prestadas.
No pedido de abertura de investigação, o Ministério Público destacou o tamanho das remessas de cloroquina para o Amazonas, um remédio que não possui comprovação de eficácia para o tratamento da covid-19.
Chama atenção a informação contida na fl. 20 do referido ofício, segundo a qual, em 14/1/2021, houve entrega de 120 mil unidades de hidroxicloroquina como medicamento para tratamento de covid-19, quase a mesma quantidade de testes RT-PCR."
Apesar das pressões contra Pazuello, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pretende mantê-lo no cargo.
O general não tem formação técnica em saúde. Também não conhecia o SUS (Sistema Único de Saúde) quando passou a trabalhar na pasta, ainda como secretário-executivo, em abril de 2020. A experiência de Pazuello é na área de logística.
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