Sem sobressaltos com governo, Pacheco deve priorizar economia e pandemia
O novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), deverá priorizar a pauta econômica e ações de combate aos efeitos negativos da pandemia do novo coronavírus. No relacionamento com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), a expectativa é que ele tenha um trato tranquilo, sem sobressaltos, ao menos neste início de gestão.
Além de contar com o apoio de partidos governistas e do centrão, ele foi apoiado pelo PT, PDT e pela Rede — algumas das principais siglas de oposição ao Planalto hoje no Senado. Embora os partidos tenham afirmado que não deixarão de se opor a Bolsonaro, esse bom relacionamento com Pacheco já alivia um pouco a possibilidade de maiores choques que afetem o Planalto.
Seu antecessor e padrinho de campanha, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também tinha um bom convívio com o Planalto, ao contrário do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Assim como Alcolumbre, Pacheco procura se mostrar como um "pacificador".
Durante a campanha para a Presidência da Casa, ala de senadores falou que Pacheco poderia ser submisso ao Executivo federal. Pacheco nega tal que haverá tal atitude.
Em termos de agenda, Pacheco indicou querer buscar "caminhos possíveis" junto à equipe econômica do governo para a continuação de algum auxílio à parcela mais pobre da população, com respeito ao teto de gastos. O retorno do auxílio emergencial deve ser revisto nas próximas semanas no Congresso.
Assuntos que envolvem a pandemia do coronavírus são vistas como inevitáveis a qualquer político atualmente. Ontem, no Senado, ele defendeu o fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde), a vacinação contra a covid-19 a todos os brasileiros e disse querer trabalhar com o tripé "saúde pública, crescimento econômico e desenvolvimento social".
Pacheco afirmou que reformas econômicas que dividem opiniões, como a tributária e a administrativa, deverão ser "enfrentadas com urgência, mas sem atropelos".
O presidente do Senado indicou ser a favor ainda de outras propostas de ajuste fiscal, como a chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) Emergencial, a PEC dos fundos e a PEC do Pacto Federativo. Elas não deverão ter tramitação tão simples no Congresso Nacional.
Nos próximos meses, Pacheco será um dos responsáveis por tocar a votação do Orçamento de 2021 no Parlamento.
Mesmo com a proximidade com o governo, nem todas as vontades do Planalto deverão ser aprovadas facilmente no Senado. Por exemplo, as privatizações de estatais.
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