Mandetta diz que, se houver consenso, pode disputar presidência em 2022
O ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta (DEM-MS) disse que pode disputar a eleição presidencial no ano que vem se houver consenso pelo seu nome.
"Vamos para esse sonho se me chamarem ou se acharem que meu nome é o certo. Mas não colocarei meu nome na frente de nada, porque esse sonho não é meu, e sim de toda a minha geração", disse o ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) em entrevista à revista "Veja".
Avaliando o cenário para 2022, com chances do ex-presidente Lula disputar novamente a eleiçaõ, Mandetta afirmou que "vai lutar para que isso não aconteça de novo". "Eu não quero pensar agora que vai ter Fernando Haddad ou Lula", afirmou, comparando a possibilidade a um "pesadelo".
Para ele, com Lula podendo disputar as eleições, o "timing" para definir o nome de uma terceira via foi acelerado.
" Está na hora de fazer uma ruptura com políticas de curto prazo populistas, porque foi isso que vimos nesses anos com a cooptação absoluta da democracia e do Congresso, que funciona com a lógica do 'em troca do quê?'. Quero ver em prática o capitalismo com responsabilidade social do Estado".
Sobre nomes para uma eventual aliança ou apoio do DEM, diz ter "pontos que são comuns com os governadores do Nordeste e com o Guilherme Boulos, do PSOL". Citou também Ciro Gomes, mas ponderou que talvez ele não tenha "o primeiro pré-requisito, que é se despir das suas certezas e vaidades pessoais".
Ao comentar do convite feito ao apresentador Luciano Huck para entrar no DEM, Mandetta afirmou que a iniciativa é uma forma de abrir portas nos partidos.
"Apresentadores de televisão e jornalistas são parte da sociedade e têm uma visão muito privilegiada por estarem em veículos de comunicação. O momento de decidir participar da vida do Brasil é quando uma voz de foro íntimo chama. Se ele tiver esse chamado e vier para o DEM, ótimo. Mas, se for para outro partido dessa nossa força, farei campanha do mesmo jeito".
"Bolsonaro optou pela morte"
Critico frequente da atuação do governo Bolsonaro desde que deixou o cargo, Mandetta vê riscos de uma "terceira e uma quarta cepas" no Brasil. "Estamos jogando uma loteria biológica perversa". Para o ex-ministro, as ações do presidente Bolsonaro viabilizariam um processo de impeachment.
"Falando em termos políticos, eu assisti a um impeachment na minha vida, que foi o de Dilma Rousseff. Hoje, os indícios de crimes contra a saúde pública são elementos muito mais consistentes do que uma irresponsabilidade fiscal, mas é um processo político", disse.
Questionado se teria se arrependido de entrar no governo, não disse nem que sim, nem que não. Alegou que quando foi convidado a busca era por um perfil técnico e que ele conhecia bem o SUS (Sistema Único de Saúde). "Mas, quando chegou a pandemia, entre a vida e a morte, Bolsonaro optou pela morte".
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