Topo

CPI da Covid remarca para dia 19 depoimento de Pazuello; Teich fala amanhã

Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde  - Carolina Antunes/Presidência da República
Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde Imagem: Carolina Antunes/Presidência da República

Lucas Valença

Colaboração para o UOL, em Brasília

04/05/2021 16h08Atualizada em 04/05/2021 19h31

O depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello na CPI da Covid (Comissão Parlamentar de Inquérito), previsto inicialmente para esta quarta-feira (4), foi adiado para dia 19, anunciou o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM). A fala do também ex-representante da pasta Nelson Teich, que ocorreria na tarde de hoje, foi adiada para amanhã.

Pazuello alegou à CPI que teve contato com dois coronéis que contraíram a covid-19. "Segundo a informação que eu tenho, ele vai entrar em quarentena e não virá depor amanhã", disse Aziz durante a sessão desta terça (4) que ouve o ex-ministro Henrique Mandetta.

A manifestação de Pazuello agora está prevista para ocorrer em 15 dias, no dia 19 de maio. Vale ressaltar que, desde a semana passada, o general tem feito "media training" no Palácio do Planalto para enfrentar os questionamentos dos parlamentares.

Depoimento de Teich

A sessão que ouvirá Teich deve começar às 10h de quarta (5). Antes dos questionamentos, ele deve fazer uma pequena explanação de 10 minutos e explicar as medidas tomadas durante o período de menos de um mês em que esteve à frente do Ministério da Saúde. À época, a média móvel de mortes pela covid no país era de 706 mortes por dia. Atualmente, mais de 408 mil pessoas morreram no Brasil em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

O médico deixou a Esplanada dos Ministérios após discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com relação ao uso indiscriminado de medicamentos sem eficácia comprovado para o tratamento da covid-19, como hidroxicloroquina e ivermectina.

Governistas no colegiado, que ainda são minoria, devem tentar minimizar o depoimento de Nelson Teich com base no pouco tempo que o médico ficou à frente da pasta.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Em versão anterior deste texto, informava-se incorretamente que a manifestação do ex-ministro Pazuello ocorreria em 19 de abril quando é, na verdade, em 19 de maio.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.