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'Apesar dos problemas, o Brasil está indo bem', diz Bolsonaro a apoiadores

Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou com apoiadores hoje após passeio de moto - Reprodução/Foco do Brasil
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou com apoiadores hoje após passeio de moto Imagem: Reprodução/Foco do Brasil

Lucas Valença

Do UOL, em Brasília

03/06/2021 15h16

Após passear de motocicleta por Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou a apoiadores hoje na entrada do Palácio do Alvorada que, "apesar dos problemas, o Brasil está indo bem". O mandatário também voltou a atacar o presidente e o relator da CPI da Covid, senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), respectivamente.

"É que não tem roubalheira, né? Tem que avisar o presidente e o relator da CPI que não está tendo roubalheira", disse o presidente ao declarar que "muita gente está incomodada" com o desempenho da atual gestão. A fala acontece após o pronunciamento em rede nacional do presidente, que ocorreu como uma tentativa de Bolsonaro de se defender de críticas que têm sofrido em recentes protestos.

Questionado por apoiadores se o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), foi convocado pelo colegiado do Senado, Bolsonaro aproveitou a oportunidade para levantar suspeita sobre o uso dos recursos federais pelos estados.

"O que eu sei é que o MP [Ministério Público] pediu para todos o destino do dinheiro, mas tem governador que não encaminhou ainda. Não vou falar que ele fez mau uso do dinheiro, pode ter enfiado em outro lugar, pode ser legal, mas o dinheiro era para a saúde", declarou.

Pouco antes, o presidente chegou a garantir que não há "escândalos no governo". "Os escândalos do governo é leite moça. Ninguém falou que foi superfaturado, nem que foi desviado", afirmou.

Sobre as medidas de isolamento social para impedir a proliferação do novo coronavírus, adotada por governadores e prefeitos, o presidente voltou a dizer que "não existe comprovação científica para o lockdown". A medida, porém, é defendida por autoridades médicas internacionais.

"Há quase 40 milhões (de pessoas) que continuam sem ganha-pão, que eram os informais. Alguns governadores e prefeitos instruíram a vida desses caras com a política do 'fique em casa', como se fossem tutores", acusou.

Ontem, durante o pronunciamento, Bolsonaro também criticou as medidas restritivas adotadas por estados e municípios. "Sempre disse que tínhamos dois problemas pela frente, o vírus e o desemprego, que deveriam ser tratados com a mesma responsabilidade e de forma simultânea", disse.

Bolsonaro promete vacina para todos até fim do ano

No mesmo dia em que seu adversário político, o governador João Doria (PSDB), anunciou que pretende vacinar toda a população adulta de São Paulo até 31 de outubro, Bolsonaro também disse que os brasileiros "que assim desejarem" serão vacinados até o fim do ano.

Leia aqui a íntegra do pronunciamento do presidente.