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Após violência em Manaus, Aziz pede que Bolsonaro deixe diferenças de lado

Thaís Augusto e Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em São Paulo e em Brasília*

08/06/2021 10h10Atualizada em 08/06/2021 13h51

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), se dirigiu hoje ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pediu que ele "deixe diferenças de lado" em função da série de atos de violência que ocorreram nos últimos dias em Manaus —base eleitoral do parlamentar.

A declaração ocorreu durante a abertura da audiência da comissão na qual presta depoimento o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Aziz disse ter sido "cobrado" publicamente por Bolsonaro em meio à repercussão dos ataques na capital amazonense. Em resposta, o congressista declarou que seria "importante" superar as divergências políticas em prol de um planejamento eficaz na área de segurança pública.

"(...) Ou fazemos um programa nacional de segurança pública senão vamos padecer para facções criminosas. Eu não falo da capital Manaus não, falo do estado inteiro, do interior do Brasil, onde a droga comanda."

"Faço esse apelo ao presidente da República, ele se elegeu com essa pauta [da segurança]. Independente de termos divergências, é importante a gente se unir, governadores, prefeitos, presidente, Congresso Nacional, para que a gente não permita que facções controlem o estado e deixam a população à mercê do terrorismo que hoje acontece em Manaus", completou.

O senador ressaltou que o Brasil "não tem nenhuma proteção nas fronteiras".

Segundo Aziz, é por ali que entram as drogas e armas pesadas no país. "Além de cuidar da pandemia, temos que cuidar das pessoas de bem que querem sair para trabalhar e são aterrorizadas".

Até ontem, 31 suspeitos de envolvimento nos ataques foram presos, incluindo dois traficantes em posição de chefia na facção.

Ao menos 29 veículos, sete agências bancárias e oito prédios públicos foram alvo dos ataques ordenados pela facção criminosa em Manaus e cidades do interior do estado. Entre os veículos, foram incendiados 18 ônibus, duas viaturas policiais, duas carretas e uma ambulância.

Depois, o senador também se manifestou no mesmo sentido por meio do Twitter.

*Colaborou Ana Carla Bermúdez